Em sua primeira viagem em sete meses, em função do estado de saúde delicado, o papa Francisco presidiu, neste domingo (27), uma missa em Veneza. Aos 87 anos, o pontífice mostrou disposição e cumpriu agenda intensa, após apresentar um quadro de fadiga próximo à Semana Santa.
Fora do Vaticano, Francisco visitou uma prisão feminina, antes de seguir para a famosa Praça de São Marcos de Veneza. O papa foi escoltado por vários gondoleiros em percurso pelo Grande Canal.
Na sua fala, o pontífice destacou a “beleza encantadora” da cidade italiana e mencionou os “vários problemas que a ameaçam”. Ele fez referência às mudanças climáticas e o turismo de massa, perigoso para “a fragilidade de seu patrimônio cultural”. “Veneza está unida às águas sobre as quais está assentada e, sem o cuidado e a proteção deste ambiente natural, poderia até deixar de existir”, alertou durante a homilia.
A visita dele à cidade turística coincidiu com o início recente da cobrança de uma taxa de entrada de 5 euros (5,35 dólares, R$ 27) para turistas que visitam o destino por um dia. O objetivo é proteger a localidade, que está na lista de patrimônio da humanidade da Unesco.
Antes da missa, Francisco ainda discursou para 1.500 jovens na basílica de Santa Maria della Salute de Veneza. “Deixem de lado os seus telefones celulares e sigam ao encontro das pessoas”, pediu o papa, o quarto pontífice a visitar a cidade, depois de Paulo VI (1972), João Paulo II (1985) e de Bento XVI (2011).
Depois desta viagem, o líder da Igreja Católica planeja mais duas viagens ao norte de Itália: a Verona, no mês de maio e a Trieste, já em julho.
Ver essa foto no Instagram