A Bienal do Livro Bahia 2024 começa oficialmente nesta sexta-feira (26), marcando um dos maiores encontros com foco na literatura do calendário soteropolitano. Até o quarta-feira (1º), o Centro de Convenções de Salvador, na Boca do Rio, vai receber cerca de 170 atrações em suas áreas temáticas: Café Literário, Arena Jovem e, para o público infantil, Janelas Encantadas. A programação começa às 10h da manhã e durante todo o dia e os ingressos podem ser adquiridos na plataforma Sympla.
Autores premiados, fenômenos da internet, ativistas, convidados internacionais e artistas que inspiram a cultura brasileira reunidos para debater artes, sociedade, política cultura e seus temas emergentes tendo como alicerce o poder dos livros e da literatura.
Com uma média de 10 atrações por dia, além dos expositores, estandes de livros e ativações presentes no espaço, escolher ao que atender na Bienal pode ser uma verdadeira prova de fogo para os mais indecisos. Por isso, o CORREIO — parceiro do Alô Alô Bahia — decidiu te dar uma ajudinha selecionando 10 atrações para você curtir a Bienal do Livro Bahia 2024. Veja a lista a seguir:
Sexta-feira (26/04)
Na abertura oficial, o painel Qual Bahia?, às 14h, no espaço Café Literário, dá destaque aos escritores baianos em sua criação de personagens, reconhecimento de territórios, busca de questões da vida particular e social e na constituição de um olhar autoral sobre o mundo. Os convidados são: Itamar Vieira Junior e Luciany Aparecida, com mediação de Edma Góis.
Sábado (27/04)
No sábado é dia de falar sobre luta e liberdade em dois painéis especiais. Às 12h no Café Literário, os autores Jeferson Tenório, Lívia Natália e Conrado Mendes falam sobre a censura de textos literários na atualidade em Livros e Liberdade.
Já às 18h, a Bienal recebe em Entre Afetos e Lutas, a escritora ruandesa e hoje radicada na França, Scholastique Mukasonga que tem cativado o mundo ao recontar e reconstruir a história de seu país em seus livros, marcados pela oralidade, memória e ficção. Em seus escritos, ela relata os conflitos étnicos que vitimaram parte da população de Ruanda, sendo sobrevivente do genocídio de 1994.
Domingo (28/04)
A programação de domingo está tão interessante, que precisamos separar três atividades desse dia. A primeira delas é o painel A Arte de Cometer um Crime Perfeito, onde Anderson Shon bate um papo com escritor Raphael Montes, às 11h, na Arena Jovem. O autor do livro que deu origem à série “Bom dia, Verônica” desvendará como elaborar suspenses mirabolantes.
Seguido na Arena Jovem, Minha Vida Daria um Meme, às 17h, reúne Júlio Emílio, idealizadores da página de Instagram Saquinho de Lixo, e Lumena Aleluia. Um debate sobre o peso de ser influencer e as possibilidades de pensarmos um guia para lidar com os tempos em que tudo pode virar um meme.
A Memória do Mundo traz Gantois e povo Tupinambá para falar sobre tradição oral, cultura ancestral e seus saberes na contemporaneidade. O bate-papo será no Café Literário, às 18h, com a artista visual Glicéria Tupinambá, a historiadora Tanira Fontoura e tem mediação de Mônica Santana.
Segunda-feira (29/04)
A literatura é um hábito individual mas também pode ser muito participativa, com redes de leitores conectados e os influencers da literatura, que fazem resenhas, análises e indicam obras aos seguidores. As @ que Norteiam Nossas Literaturas, às 15h na Arena Jovem, vai reunir alguns desses agentes: Tiago Valente, Patrick Torres e Babi Dewet, escritores e influencers.
Terça-feira (30/04)
Divinos e Maravilhosos, na Arena Jovem, vai reunir a jornalista Socorro Acioli, autora do best-seller “A cabeça do santo”, e o escritor Ian Fraser para uma conversa sobre as tecnologias da fé, para pensarmos o Nordeste e o Brasil. O encontro está marcado para às 17h.
Quais são as histórias de amor que precisamos contar nesse momento em que vivemos, quando discutimos ideias de inclusão das minorias políticas? A partir desse questionamento, o painel Por Novas Histórias de Amor recebe os escritores Pedro Rhuas, Vanessa Reis e o autor irano-americano Abdi Nazemian, na Arena Jovem, às 19h.
Quarta-feira (01/05)
Em seu último dia, a Bienal 2024 recebe no painel As Histórias Nos Transformam em Outras, a historiadora Heloisa M. Starling e a cantora Zélia Duncan que discutirão como narrar os tempos históricos atuais. Heloisa apresentará seu livro “A máquina do golpe”, revelando surpresas sobre os 60 anos do golpe de 64.
Enquanto isso, Zélia abordará seu novo álbum, “Sete mulheres pela independência do Brasil”, que transforma em música as vidas de figuras reais que lutaram pela independência, além de discutir seu livro “Benditas coisas que eu não sei”. O evento acontece na Arena Jovem, às 15h.