O Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, foi o parque natural mais lembrado por brasileiros em pesquisa realizada pelo Instituto Semeia. A região de serras, situada no centro do estado, foi mencionada por 53% dos entrevistados, à frente do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, e do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, no Maranhão.
A pesquisa “Parques do Brasil – Percepções da População” aponta ainda que, apesar de a maioria dos brasileiros conhecer pelo menos um dos 569 parques naturais do Brasil, apenas cerca de um terço deles já esteve em algum. Ainda assim, o estudo revela um crescimento nas visitas a parques (44%) em comparação ao ano anterior (27%), no pós-pandemia. A crise sanitária da Covid-19 teria diminuído as visitações, mas, ao mesmo tempo, trouxe reflexões relativas à relevância destes espaços para uma boa qualidade de vida.
Tanto que o contato direto com a natureza é a motivação mais apontada para as visitas aos parques naturais, correspondendo a 36%. Em seguida, para mostrá-los aos filhos (22%) e por indicações de familiares e amigos (21%). Em seguida, os visitantes vão mais aos locais em busca de atrativos e atividades disponíveis, como esportes de aventura.
As maiores barreiras encontradas por quem já visitou um destes destinos são o custo de deslocamento (33%), distância (22%), o custo com hospedagens (20%), a falta de informações sobre os parques (13%) e as atividades disponíveis (12%). Já para quem nunca visitou, os argumentos mais usados foram custos com deslocamento (42%) e com hospedagem (31%), distância (20%) e desinformação (13%) como obstáculos.
“Os Parques Nacionais têm apresentado um aumento real de visitas a cada ano, demostrando maior interesse das pessoas em ambientes naturais, apesar de ainda aquém do que vislumbramos. A pesquisa colabora com o aprimoramento das políticas públicas de visitação em nossos parques, diagnosticando frentes que devemos dar maior atenção”, afirma Carla Guaitanele, coordenadora-geral de Uso Público e Serviços Ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que apoia a quarta edição do estudo, junto com o Instituto Ekos Brasil.
Foram ouvidas 1.539 pessoas de dez regiões metropolitanas do país, entre julho e agosto de 2023.