Símbolo da arquitetura italiana desde que foi construída, há sete séculos, a Ponte Vecchio, em Florença, presenciou e sobreviveu a inundações, incêndios e à invasão nazista na Segunda Guerra Mundial.
Agora, a famosa ponte passará por uma reforma de dois anos, com um custo de cerca de 2 milhões de euros. O projeto foi anunciado pela cidade de Florença e pelos vinicultores da Marchesi Antinorini na quarta-feira (10).
Essa será a primeira grande restauração que a ponte irá passar em todo esse tempo, embora tenha recebido manutenção regular e algumas interferências para garantir a estabilidade.
“Este é um projeto histórico porque a Ponte Vecchio nunca teve uma intervenção de restauração dessa complexidade técnica”, disse o prefeito de Florença, Dario Nardella, aos repórteres na quinta-feira. “No final, teremos uma ponte ainda mais bonita do que estamos acostumados a ver”.
Considerada uma das maiores realizações da engenharia medieval europeia, a ponte para pedestres atravessa o rio Arno com prédios coloridos que abrigam dezenas de joalherias salientes em seus lados. Uma galeria superior conecta a Galeria Uffizi ao Palácio Pitti.
Tamanha é a importância da Ponte Vecchio que foi a única ponte sobre o rio Arno poupada pelo exército alemão em retirada no final da Segunda Guerra Mundial.
Entre as ações, está restaurar e limpar toda a ponte para eliminar algas, musgos, líquens e ervas daninhas, bem como possíveis depósitos deixados por produtos químicos no rio.
O cronograma prevê que o trabalho na parte superior da ponte comece em outubro e novembro deste ano, enquanto o trabalho na parte inferior da ponte está previsto para o verão de 2025 e 2026.
Metade dos fundos necessários para o projeto está sendo doada pela Marchesi Antinori, uma das famílias de vinicultores mais conhecidas da Itália. A contribuição de doadores privados para a restauração de monumentos históricos tornou-se cada vez mais comum na Itália.