Morreu aos 94 anos o físico britânico Peter Higgs, que propôs a teoria da existência do bóson de Higgs, apelidada de ‘partícula de Deus’. O bóson de Higgs teve existência comprovada em julho de 2012, quase 50 anos após sua descoberta, e ajudou a explicar como a matéria se formou após o Big Bang. O pesquisador venceu o Prêmio Nobel de Física de 2013.
O anúncio do falecimento foi feito pela Universidade de Edimburgo nesta terça-feira (9). “Morreu pacificamente em sua casa na segunda-feira, 8 de abril, depois de uma curta enfermidade”, informou a universidade em nota.
‘A partícula de Deus’
Segundo a teoria, logo após o surgimento do Universo, no Big Bang, existiu uma força invisível conhecida como campo de Higgs. Essa força se formou junto com o bóson do mesmo nome e abriu caminho para que as demais partículas ganhassem massa.
A forma como o campo de Higgs deu massa às demais partículas é comparável por muitos físicos à forma como a água de uma piscina dificulta o movimento à medida que nadamos. Se partículas não tivessem massa — que é a resistência de um objeto a mudanças de velocidade — elas estariam viajando pelo Universo à velocidade da luz.
A teoria foi proposta em 1964 por seis cientistas, incluindo Peter Higgs, que desenvolveu uma explicação para as propriedades da massa. O pesquisador foi o primeiro a sugerir um mecanismo pelo qual estas propriedades da massa poderiam ser detectadas: uma partícula, chamada de bóson de Higgs.