Cerca de oito meses após assassinato de Mãe Bernadete, Incra reconhece terras da Comunidade Pitanga dos Palmares

Cerca de oito meses após assassinato de Mãe Bernadete, Incra reconhece terras da Comunidade Pitanga dos Palmares

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Conaq

Publicado em 08/04/2024 às 15:19 / Leia em 2 minutos

Cerca oito meses após o assassinato da ialorixá Mãe Bernadete, e mais de seis anos depois da execução de seu filho Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, a Comunidade Pitanga dos Palmares teve suas terras reconhecidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. A declaração que delimita o território quilombola foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (8).

Localizada nos municípios de Simões Filho e Candeias, na região metropolitana de Salvador, a comunidade teve reconhecida uma área que soma quase 647 hectares, onde vivem 162 pessoas, sendo150 delas declaradas quilombolas, de acordo com o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Embora a Comunidade Pitanga dos Palmares fosse reconhecida pela Fundação Cultural Palmares, como remanescente de quilombo desde 2004, a população que se estabeleceu ainda no século 19 na fazenda Mucambo, após resistir ao regime escravagista, enfrenta conflitos territoriais desde a década de 1940 com a criação de oleodutos para transporte de petróleo na região.

Um primeiro Relatório Técnico de Identificação e Delimitação das terras quilombolas foi publicado pelo Incra em 2017, e em 2020, passou por uma retificação.

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