A Google estuda cobrar por novos recursos premium alimentados por inteligência artificial (IA) generativa, no que seria uma mudança sem precedentes em seu negócio de buscas na internet.
Se a mudança for confirmada, será a primeira vez que a empresa – uma das que inaugurou a era do “tudo gratuito” – coloca um dos seus principais produtos atrás de um paywall, espécie de barreira para assinantes.
A gigante de tecnologia analisa diversas opções, inclusive a incorporação de recursos de pesquisa alimentados por IA aos serviços de assinatura premium, que já dão acesso ao novo assistente de IA, Gemini, no Gmail e no Docs. As informações são de uma reportagem publicada no jornal americano Financial Times.
Depois da publicação da reportagem, as ações da Alphabet, empresa que controla a Google, caíram 1% nas negociações estendidas.
O mecanismo de busca tradicional continuaria grátis e anúncios continuariam aparecendo ao lado dos resultados de pesquisa, mesmo para assinantes, acrescenta a reportagem.
O Google registrou receitas de US$ 175 bilhões em buscas e anúncios relacionados em 2023, mais da metade de suas vendas totais, o que representa um enigma para a empresa sobre como adotar as mais recentes inovações de IA e, ao mesmo tempo, preservar seu maior gerador de lucros.
Desde novembro de 2022, quando a OpenAI lançou o ChatGPT, o Google tem se esforçado para responder à ameaça competitiva representada pelo popular chatbot. O ChatGPT pode fornecer respostas rápidas e completas a muitas perguntas, ameaçando tornar redundantes a lista de links de um mecanismo de busca tradicional e os anúncios lucrativos que aparecem ao lado deles.