O número de casamentos homoafetivos no Brasil cresceu 20% em 2002 em relação ao ano de 2021. O dado é cinco vezes maior do que o verificado entre pessoas heterossexuais, segundo levantamento do Registro Civil divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (27). Os dados consideram apenas casamentos civis registrados em cartório e não as uniões estáveis.
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Segundo o levantamento, foram 11 mil registros de casamentos homoafetivos em 2022, o maior número desde que a população LGBTQIA+ passou a ter direito ao casamento civil, após resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2013. Do total, os casais compostos por mulheres representam 60%.
Apesar da tendência de crescimento, os casamentos entre pessoas do mesmo sexo representam apenas 1,1% do total nacional, que subiu 4%, de 932.502 para 970.041, valor ainda abaixo da média anual registrada antes da pandemia, que era de cerca de 1 milhão. No caso dos casamentos homoafetivos, o número passou de 9.202 em 2021 para 11.022 em 2022, crescimento de 20%, que atingiu todas as regiões do país.
Nem tudo vai bem nas relações, no entanto, já que o número de divórcios cresceu mais do que o de casamentos, considerando todos os modelos de casal. Em 2022, 420 mil casais se separaram, um crescimento de 8,6% em relação a 2021 (387 mil). As relações estão também menos longevas. Os casamentos duravam cerca de 16 anos, em 2010. Em 2022, esse tempo caiu para 13,8 anos.
No fim dos casamentos que geraram filhos, há uma mudança em relação à divisão de guarda. Em 2014, em 85% dos divórcios, os filhos ficavam com a mulher. Em 2022, apenas 50,3% das mulheres ficaram com a guarda dos filhos. No mesmo período, a guarda compartilhada passou de 7,5% para 37,8% dos casos.