A biografia de D. Luigi Maria Verzé, fundador do Monte Tabor, foi lançada nesta sexta-feira (30), em Salvador. Realizado no Museu de Arte da Bahia (MAB), o evento prestou um tributo à vida do professor e sacerdote italiano, responsável pela criação do Hospital São Rafael, na capital baiana, além de outras instituições de saúde e educação no estado.
Laura Ziller, presidente do Monte Tabor, destacou que a missão iniciada por D. Luigi continua viva na instituição: assistência, ensino e pesquisa. “A medicina do futuro tem muito a aprender com os princípios deixados por D. Luigi, especialmente no cuidado integral da pessoa humana, valorizando corpo, mente e espírito. O que ele sonhou e realizou aqui na Bahia transformou realidades. Hoje, nosso desafio é manter essa obra viva e atualizada para as novas gerações”.
Conhecido como Monte Tabor, o Centro Ítalo-Brasileiro de Promoção Sanitária construiu um legado de fé, ciência e humanismo na Bahia. Além da assistência em saúde, a instituição também investe em educação profissional gratuita, com iniciativas como o Centro de Educação Profissional Ludovica – que, somente no último ano, capacitou mais de 700 pessoas.
Desde a inauguração do Laboratório de Patologia Clínica e Toxicologia, em 1980, passando pela abertura do Hospital São Rafael, em 1990, até a criação do Ambulatório Social Luigi Verzé, em 2021 — que já ultrapassa 20 mil atendimentos gratuitos —, a trajetória do Monte Tabor se consolidou como um marco em cuidado integral, com foco especial nas populações mais vulneráveis.
Diretor-executivo do Monte Tabor, Dioney Mascarenhas conviveu com D. Luigi em seus dois últimos anos de vida. Ele também ressalta as grandes contribuições de Verzé para a medicina contemporânea. “A grande lição que ele nos deixou é que o ser humano precisa estar no centro. A medicina precisa ser transformadora, e não apenas assistencialista. O que ele nos ensinou é que nenhum esforço é suficientemente grande se for em prol do ser humano”.
Como parte da programação em homenagem a D. Luigi, o público também pôde conferir a abertura da exposição “Biografias Transfiguradas”, que apresenta a trajetória do sacerdote, além de obras do médico e artista plástico Tripoli Gaudenzi – que retratam antigas procissões no estado. A mostra segue em cartaz no Museu de Arte da Bahia até 22 de junho.
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