A exposição “Geometria 7.0”, do artista baiano Guel Silveira, foi aberta nesta quarta-feira (16), no Museu da Misericórdia, no Centro Histórico de Salvador. A mostra marca os 70 anos de vida e mais de cinco décadas de trajetória artística de Silveira, reconhecido por seu trabalho com abstração, figuração lírica e o uso expressivo da cor.
Com curadoria de Zeca Fernandes — filho do artista e neto do também pintor Jenner Augusto —, a mostra reúne 25 obras em acrílico sobre tela, realizadas entre o final de 2024 e o início de 2025. Em diferentes formatos, os trabalhos exploram a geometria como linguagem poética, com composições marcadas por linhas paralelas envoltas em sisal. Segundo o texto curatorial, esse material “esconde imperfeições e exalta a beleza do ser”.
Nascido em Salvador em 1955, Guel Silveira começou sua carreira como gravador e, desde jovem, mergulhou nas experimentações da pintura abstrata com experiência com spray. Aos 20 anos, realizou sua primeira individual no Museu de Arte da Bahia, em 1975, após participar do Panorama da Arte Atual Brasileira, no MAM de São Paulo, em 1974. Desde então, construiu uma carreira sólida, com exposições individuais e coletivas em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Recife, Brasília, Belo Horizonte, Aracaju e Salvador. No exterior, teve trabalhos exibidos em Paris e Viena. Ao longo dessa trajetória, transitou entre o abstrato e o lírico, sempre guiado por uma investigação sensível das formas e dos materiais.
“Geometria 7.0” fica em cartaz até 15 de maio, com visitação aberta ao público no Museu da Misericórdia. Veja fotos e confira quem prestigiou o evento: