O grito de “é campeão” ecoou no Maracanã na noite deste domingo (21), mas o sotaque era paulista. O Corinthians venceu o Vasco por 2 a 1 e conquistou o tetracampeonato da Copa do Brasil. A vitória confirmou uma escrita histórica do clube: todas as quatro taças da competição (1995, 2002, 2009 e 2025) foram erguidas longe de seus domínios, consolidando a fama de “visitante indigesto” em decisões.
Os gols do título foram marcados por Yuri Alberto e pelo astro holandês Memphis Depay, selando um triunfo memorável para a Fiel torcida. Pelo lado cruzmaltino, Nuno Moreira descontou e a equipe deixou o gramado sob aplausos de sua torcida, apesar do vice-campeonato.
O título teve um sabor especial para o comandante alvinegro. Pela quarta vez, Dorival Júnior sagra-se campeão da Copa do Brasil, igualando o recorde de Luiz Felipe Scolari, o Felipão, como o maior vencedor do torneio.
O feito de Dorival impressiona pela diversidade: foi seu quarto troféu com uma quarta equipe diferente, três delas paulistas. O treinador já havia vencido com o Santos (2010), Flamengo (2022) e São Paulo (2023), completando agora a quadra com o Corinthians.
A conquista traz alívio e planejamento para o Parque São Jorge. Além da taça, o Corinthians garantiu vaga direta na Conmebol Libertadores de 2026 e carimbou o passaporte para disputar a Supercopa do Brasil contra o Flamengo.
Já para o Vasco, o resultado estende um longo jejum. O clube carioca não conquista um título nacional há mais de 14 anos, o último foi justamente a Copa do Brasil de 2011. A derrota também marcou o primeiro revés do técnico Fernando Diniz em finais no Maracanã, onde acumulava três títulos pelo Fluminense.
A decisão também entrou para a história financeira do futebol nacional. A partida registrou a maior renda de bilheteria do ano no Brasil em 2025, arrecadando R$ 13,2 milhões (bruto). O recorde anterior pertencia à final da Supercopa do Brasil, que teve renda de R$ 9,7 milhões.
