Ídolo do Deportivo, o ex-atacante Bebeto, 61 anos, passa uma semana em A Coruña, no norte da Espanha, participando de uma série de homenagens no clube e na cidade onde brilhou nos anos 1990, com lançamento de biografia, encontros com torcedores e agenda oficial com a prefeitura.
Segundo o próprio Bebeto, a volta à “segunda casa” veio carregada de emoção desde o desembarque no aeroporto, com torcedores e crianças exibindo faixas em português e agradecendo pelos tempos de Súper Dépor. “Confesso que meu coração está bem forte, porque estou suportando tanta emoção”, disse o tetracampeão mundial, que afirmou estar cansado, mas com “o coração cheio de alegria” pelo carinho recebido.
O ponto central da visita é a apresentação da biografia autorizada “Bebeto, el hombre que acunó el gol”, escrita pelo jornalista Alexandre Centeno e lançada no estádio de Riazor diante de cerca de 200 convidados, entre ex-companheiros, autoridades e empresários locais. A obra promete ir além do jogador, com depoimentos de nomes como Romário, Zico, Dunga e Mauro Silva e um retrato mais íntimo da trajetória do campeão mundial de 1994.
A agenda inclui ainda encontro com aproximadamente 400 estudantes no centro cultural Ágora, longa sessão de autógrafos no shopping Cuatro Caminos e, nesta sexta-feira, a responsabilidade de acender as luzes de Natal na praça María Pita, ato que abre oficialmente as festas da cidade. A prefeita Inés Rey definiu o brasileiro como “um símbolo que fez história e colocou a cidade e o clube no mapa do futebol mundial”, ao lado do autor da biografia nas homenagens em A Coruña.
Bebeto jogou no Deportivo La Coruña entre 1992 e 1996, marcou mais de 100 gols pelo clube e se tornou um dos grandes nomes do período que consagrou o time galego na elite espanhola, ao lado do compatriota Mauro Silva. Ao revisitar esse capítulo com a cidade novamente em alta no cenário nacional e candidata a receber jogos da Copa do Mundo de 2030, o ex-atacante reforça o vínculo afetivo com o lugar onde construiu boa parte da carreira e diz querer voltar “sempre que possível” para acompanhar o clube e a torcida que o adotou como um dos seus.