Em evento da CBF em São Paulo nesta quarta-feira (26), a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, rebateu as declarações recentes de Abel Ferreira sobre supostos prejuízos da arbitragem, afirmou que a sequência de cinco jogos sem vitória no Brasileirão não se explica pelo apito e resumiu que o time “não venceu por incapacidade nossa”.
O treinador voltou a atacar a arbitragem após a derrota de virada para o Grêmio, por 3 a 1, pela 36ª rodada, dizendo que “depois do jogo contra o São Paulo tudo mudou” e citando pênaltis não marcados em duelos contra Santos, Vitória e Flamengo como determinantes para a perda da liderança do campeonato.
Já a dirigente destacou que a responsabilidade é interna. Ela afirmou que “não acredita que esses cinco últimos jogos que o Palmeiras não conseguiu vencer foram em virtude de arbitragem” e que “não pode terceirizar a responsabilidade que é nossa”, insistindo que a má fase se deve à própria “incapacidade” da equipe em aproveitar as chances.
Mesmo assim, a presidente cobrou melhorias no apito, mas sem falar em complô: para ela, “não há má fé da arbitragem, é falta de treinamento”, algo que atinge todos os clubes, e não apenas o Verdão. No mesmo palco, ela endossou o discurso do presidente da CBF, Samir Xaud, e reforçou que “quem fala pelo Palmeiras é somente a presidente”, sinalizando que não concorda com a linha adotada por Abel nas entrevistas.
A mandatária admitiu estar “brava” com a perda do título brasileiro após somar só 2 pontos em cinco rodadas, mas disse que precisa manter a cabeça fria na véspera da final da Libertadores. Ela reafirmou o desejo de renovar com Abel Ferreira e com o diretor de futebol até dezembro de 2027, independentemente do resultado contra o Flamengo em Lima, onde o Palmeiras tentará salvar a temporada após cair para a vice-liderança do Brasileirão, cinco pontos atrás do rival carioca.