Eliminada nos pênaltis pela República Democrática do Congo na repescagem africana para a Copa do Mundo de 2026, a Nigéria viu o técnico Éric Chelle acusar um membro da comissão rival de fazer “vodu” durante a disputa, em jogo disputado no domingo, em Rabat, que terminou em confusão após o apito final.
O duelo, válido pelo playoff africano, terminou em 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, e foi decidido em uma série de pênaltis vencida pelos congoleses por 4 a 3, resultado que manteve vivos os sonhos da seleção de chegar ao Mundial e tirou a Nigéria da Copa pela segunda edição consecutiva. Relatos da imprensa internacional apontam que a tensão aumentou justamente durante as cobranças, quando começou a acusação de práticas de “magia” à beira do campo.
Segundo Chelle, um integrante da delegação congolesa fazia gestos repetidos próximos ao gramado a cada batida de pênalti, o que ele descreveu como “voodoo” ou “gris-gris”, termos usados em países francófonos para se referir a rituais e amuletos de proteção.
“Durante todas as cobranças de pênalti, o cara da República Democrática do Congo fez algum vodu. Toda vez… Toda vez.”, afirmou o treinador, ao justificar por que partiu para o confronto com membros do banco adversário logo após a cobrança decisiva.
Do outro lado, a seleção congolesa nega qualquer irregularidade. O técnico Sébastien Desabre minimizou o episódio ao falar com jornalistas e tratou o desencontro como algo “sem importância” depois de garantir a vaga na repescagem intercontinental, marcada para março, no México. Integrantes da comissão do Congo também rejeitaram a acusação e dizem que as imagens mostram apenas gestos de incentivo e concentração na beira do campo.