O baiano Rodrigo Pantera, natural de um povoado em Brejões, no interior do Estado, foi o grande destaque da quinta edição do Mr. Olympia Brasil, realizada neste sábado (18). O atleta venceu a categoria amadora Classic Physique Open C e também levou o título geral (Overall), garantindo o cobiçado Pro Card — certificado que o torna oficialmente um atleta profissional pela Federação Internacional de Fisiculturismo & Fitness (IFBB), a principal entidade do esporte no mundo.
Antes de se destacar no fisiculturismo, Rodrigo trabalhou como feirante, pedreiro e repositor de mercado. Sua entrada no universo fitness começou de forma despretensiosa, apenas com o objetivo de melhorar a saúde. No entanto, sua rotina de treinos e dietas simples, adaptadas à sua realidade financeira, viralizou nas redes sociais. Hoje, ele soma quase seis milhões de seguidores no TikTok.
Um dos vídeos mais populares mostra Pantera comprando 15 quilos de sobrecoxa de frango — conteúdo que reflete sua trajetória marcada por esforço, disciplina e superação.
Em entrevista concedida antes da competição ao ge, Pantera celebrou a transformação de vida: “Dizer que estou vivendo disso é muito gratificante porque não foi fácil chegar até aqui. Quero chegar ainda mais alto. Com fé e coragem, segui o que queria: ser um atleta, influenciador”.
Com o Pro Card em mãos, Rodrigo Pantera agora mira competições internacionais e sonha com um futuro duelo contra o acreano Ramon Dino, um dos maiores nomes da Classic Physique mundial.
Foto: Reprodução/Instagram
Desafio mundial com Ramon Dino
Com a profissionalização, Pantera não pode mais disputar eventos amadores. O próximo passo é obter a vaga para o Mr. Olympia mundial. Para isso, Pantera precisa de dois títulos internacionais chancelados pela IFBB. Até o ano passado, um único título era suficiente para a classificação.
Seu principal objetivo é enfrentar o ídolo Ramon Dino na principal competição do esporte. “A gente vai trabalhar ainda mais pesado e pegar a vaga para o Olympia competindo com o Ramon, se Deus quiser,” afirmou Pantera, ressaltando o desejo de disputar o título, e não apenas vencê-lo.
“A gente vai fazer uma disputa em que só o árbitro vai decidir quem que é o campeão. Mas sou muito fã do Ramon. Um dia vou estar do lado dele competindo naquele Olympia representando o Brasil como ele hoje representa”, afirmou.
Foto: Reprodução/Instagram
Para atletas brasileiros se profissionalizarem na IFBB, o caminho padrão é vencer um campeonato amador na categoria Open e ter participado de um regional nos últimos 365 dias para competir em eventos nacionais. Os eventos profissionais, por sua vez, precisam da chancela da National Physique Committee (NPC).
