O cofundador da 777 Partners, Josh Wander, foi indiciado em Nova York por supostamente enganar credores e investidores em um esquema de cerca de US$ 500 milhões. A acusação federal aponta uso de documentos falsos e garantias sobre ativos que a empresa não possuía ou já havia empenhado. Wander se apresentou às autoridades na quinta-feira (16).
Segundo os promotores, mais de US$ 350 milhões em ativos foram oferecidos como garantia de forma indevida, enquanto projeções financeiras e declarações sobre a saúde da 777 teriam sido manipuladas para captar recursos. Parte do dinheiro teria financiado aquisições, inclusive em clubes de futebol, e coberto despesas de outros negócios do grupo.
Além do processo criminal por wire fraud e securities fraud, a SEC abriu uma ação civil contra Wander, o cofundador Steven Pasko, o ex-CFO Damien Alfalla, a 777 Partners e a 600 Partners, para proibi-los de atuar no mercado de capitais. Alfalla já se declarou culpado em acordo com o governo.
A defesa de Wander classificou a denúncia como “um litígio empresarial fantasiado de caso criminal”, mas o caso adiciona pressão sobre o executivo, conhecido no Brasil como ex-dono da SAF do Vasco. Ele fará audiência inicial perante a Justiça federal em Manhattan enquanto o processo avança.