O presidente do Esporte Clube Bahia, Emerson Ferretti, voltou a falar publicamente sobre sua vivência como homem gay no universo do futebol. Em entrevista ao programa Conversa com Bial, exibido na noite desta quinta-feira (2), o ex-goleiro compartilhou detalhes do processo de autoconhecimento e das dificuldades enfrentadas ao longo da carreira por conta da orientação sexual.
“Desde cedo eu entendi que o futebol não aceitava homossexuais. A minha adolescência foi nos anos 80. Naquela época, a homossexualidade era considerada doença pela OMS. O processo todo de descoberta foi muito solitário”, disse Emerson durante o bate-papo com Pedro Bial. Ele também revelou que, apesar do destaque profissional, vivia um “vazio pessoal muito grande” e que a terapia teve papel fundamental na superação desse dilema.
Com passagens por clubes como Grêmio, Flamengo, America-RJ e América de Natal, Emerson usou as redes sociais para comentar a entrevista. “Fui convidado para falar de um assunto que sempre foi silenciado ao longo dos mais de 100 anos que o futebol é praticado no Brasil. […] Através do meu relato mostro que competência e desempenho não têm a ver com a sexualidade”, escreveu.
À frente do Bahia desde 2023, o ex-atleta gaúcho reforça a importância de quebrar tabus e promover um ambiente mais inclusivo no esporte. “Contar a minha história é uma forma de aliviar a dor dessas pessoas e ajudar o futebol a evoluir para um ambiente que respeite a todos, pois ninguém é igual.”
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