O Ajaccio, clube centenário da Córsega, enviou nesta sexta (26) uma carta a Gianni Infantino afirmando que uma decisão da Fifa baseada em “documento falso” no caso com o atacante Youcef Belaïli impede registros de atletas e ameaça a continuidade do time.
O que motivou o alerta
O clube afirma ter sido sancionado em julho de 2025 por causa de um suposto acordo que o obrigaria a pagar € 380 mil ao jogador. Segundo o Ajaccio, o papel é fraudulento e levou a um bloqueio de licenças: “o clube está em estado de morte clínica”, diz a nota.
Como a disputa começou
Em 2023, o TAS condenou Belaïli a pagar € 380 mil ao Al-Ahli (SAU). Em 2024, o atleta levou o tema à Fifa cobrando o mesmo valor do Ajaccio, apresentando um “memorando de entendimento” assinado pelo então dirigente Alain Caldarella e por um representante do Al-Ahli. O clube e o saudita negam a existência do acordo; Caldarella registrou queixa por falsificação.
Qual é o risco imediato
Sem poder registrar jogadores, o Ajaccio diz que sua reconstrução está paralisada. A direção relata que a Fifa ofereceu apenas duas saídas: pagar os € 380 mil, quantia que o clube chama de “valor da fraude”, ou encarar o desaparecimento.
Contexto esportivo recente
Em crise financeira, o Ajaccio foi rebaixado administrativamente e iniciou 2025/26 na 7ª divisão regional da Córsega. A nova gestão alega que herdou o litígio sem chance processual de defesa quando a decisão já estava consolidada, e pede revisão urgente do caso.
O que o clube pede agora
- Revogação imediata do bloqueio para registrar atletas.
- Reanálise do dossiê com verificação pericial do suposto acordo.
- Preservação do projeto esportivo e dos empregos ligados ao clube.
Em nota, o Ajaccio sustenta que não se trata “apenas de salvar a temporada”, mas a sobrevivência de um time de 115 anos, com forte vínculo local.
