Bruno Henrique escapou de nova suspensão no julgamento desta quinta-feira (13), no Pleno do STJD, no Rio. Os auditores derrubaram o gancho de 12 jogos, mantiveram apenas uma multa financeira e liberaram o atacante para seguir em campo pelo Flamengo.
Na primeira instância, o camisa 27 havia sido condenado por supostamente forçar um cartão amarelo para beneficiar apostadores em partida contra o Santos, em Brasília, pelo Brasileirão de 2023. A pena inicial previa 12 jogos de suspensão e multa de R$ 60 mil, e desde setembro o jogador atuava amparado por efeito suspensivo enquanto aguardava o desfecho no Pleno.
No novo julgamento, a maioria do colegiado acompanhou o voto do relator Sérgio Furtado, que defendia a punição de Bruno Henrique apenas no artigo 191 do CBJD, com multa de R$ 100 mil e sem qualquer afastamento dos gramados. Outros auditores chegaram a pedir uma pena mais pesada, com suspensão de até 270 dias e multa menor, ou a manutenção integral da condenação anterior, mas ficaram vencidos em votação apertada.
Apesar da decisão mais branda, os auditores deixaram registrado que a conduta do atacante foi considerada grave e contrária à ética esportiva, pelo compartilhamento de informações sensíveis usadas em apostas. Um dos votos ressaltou que o tribunal “não se curva a qualquer pressão externa”, reforçando que o caso deve servir de alerta para jogadores que se aproximam, ainda que indiretamente, de esquemas de bets que rondam o futebol brasileiro.
Para o Flamengo, o alívio é imediato: Bruno Henrique segue à disposição para a reta final do Brasileirãoa, sem risco de novo gancho na esfera desportiva. O atacante, porém, ainda convive com o desgaste de imagem e com investigações na Justiça comum, em processo que apura possível fraude esportiva ligada ao episódio das apostas, o que mantém o caso em aberto fora dos campos.
