Chegou a hora dos fãs da Maglore darem adeus ao “V”, pelo menos por um tempo. Acontece em Salvador nesta sexta-feira (5), o show de despedida do quinto álbum de estúdio da banda, às 19h, no Largo Quincas Berro d’Água, no Pelourinho.
Lançado em 2022, o V reúne Teago Oliveira, Lelo Brandão, Felipe Dieder e Lucas Gonçalves em composições e sonoridades que mostram uma Maglore que se reinventa mais uma vez. Mas isso não é tudo. Seguindo o caminho mais “cru” do instrumentos no “V”, a próxima empreitada da Maglore já está a todo vapor: trata-se de um álbum acústico com regravações de sucessos da banda, a exemplo de Invejosa, presente no álbum III, lançada nesta quarta-feira (3) nos streams de música.
O disco “V” teve uma construção processual e fragmentada, sendo desenvolvido antes, durante e após a pandemia. Em suas 13 faixas, compostas por Teago e Lucas, estão pautadas as inquietudes vividas no momento da crise, amor e romantismo, a solidão nas cidades, desilusões da vida adulta e o sentimento de que ainda se há muito a descobrir, como evocado em A Vida É Uma Aventura, música de abertura e que sintetiza o que o ouvinte encontraria no decorrer do álbum. O “V” mescla violões mais acústicos aos sons de metais e referências de rock, indie e até mesmo reggae.
“A gente resolveu fazer tudo com muita calma e conseguimos um disco mais espontâneo e mais cru. Tem essa diferença com relação aos anteriores. É um disco que deixamos um pouco de lado os efeitos, os sintetizadores e buscamos uma sonoridade mais crua, mais espontânea. Foi um tempo muito mais largo mesmo, mais de 3 anos, que é um fator muito importante pra você fazer e repensar os arranjos. E a gente também usou cordas e metais. Não tínhamos gravado um arranjo de cordas e metais anteriormente e acredito que esse também é um dos grandes diferenciais do disco”, conta Lelo Brandão, guitarrista e tecladista da banda.
As celebrações de encerramento do ciclo do “V” começaram no dia 15 de março, no Cine Joia, em São Paulo, seguido por Belo Horizonte, Rio de Janeiro e agora Salvador. Os últimos shows serão em Feira de Santana, Aracaju, Maceió e Teresina.
“O público da Maglore é sempre muito generoso com a gente”, declara Lelo.
O guitarrista explica que nesse mais de um ano de apresentações do “V”, encontraram um número de ouvintes que se multiplicou desde o “Todas as Bandeiras” — álbum anterior — se engaja nos trabalhos da banda e se conecta com as canções. “As pessoas que gostam do nosso som, elas sempre têm a curiosidade de conhecer o próximo trabalho. Até cobra a gente às vezes (risos). É muito legal isso, essa relação com a nossa música e acredito que o público da gente acaba crescendo a cada disco”, diz o guitarrista.
Sobre cantar em Salvador, ele revela que sempre haverá uma expectativa diferente e dessa vez não é exceção:
“Salvador é a nossa casa, é a cidade onde a gente nasceu, onde a banda começou. Então, com certeza é um público exigente, mas é também um público emotivo, é um público astral demais. E é um público que sempre mesmo faz a gente se sentir de fato em casa”, frisa.
A turnê de despedida do V, já vem acoplada com um primeiro relance do “VI”, se assim podemos dizer, uma versão de música Invejosa, parte de um disco acústico que já está gravado e será lançado em breve. “São releituras de algumas das nossas músicas em formato acústico. Violão, desplugado. Violões, piano, baixo, etc…com novos arranjos, diferentes das versões com guitarra e distantes, na medida do possível, dos arranjos originais. A gente foi gravando, fazendo no estúdio na casa de Teago e o que a gente foi gostando mais, a gente foi trabalhando. E chegamos a um conjunto de músicas. Já já vai estar aí para vocês ouvirem também”, finaliza Lelo, animado.