Primeiro concorrente nacional do Ozempic tem produção liberada pela Anvisa

Primeiro concorrente nacional do Ozempic tem produção liberada pela Anvisa

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Reprodução/Unsplash

Publicado em 24/12/2024 às 11:46 / Leia em 3 minutos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta segunda-feira (23), via Diário Oficial, a autorização para a produção de dois novos medicamentos à base de liraglutida, uma substância indicada no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade.

Os medicamentos brasileiros, chamados Lirux e Olire, serão fabricados pela farmacêutica EMS e deverão chegar ao mercado ao longo de 2025.

A liraglutida, princípio ativo desses novos medicamentos, é conhecida por ser a mesma substância presente nos tratamentos Saxenda e Victoza, da farmacêutica Novo Nordisk. Este medicamento é um análogo do GLP-1, um hormônio produzido pelo intestino, que tem a função de sinalizar ao cérebro que o corpo está alimentado, promovendo sensação de saciedade, além de ajudar no controle dos níveis de insulina e açúcar no sangue.

Com a patente desses medicamentos expirando no Brasil em 2024, a EMS se posiciona como pioneira, sendo a primeira a fabricar, de forma totalmente nacional, os medicamentos à base de liraglutida. Carlos Sanchez, Presidente do Conselho de Administração da farmacêutica, destacou a importância da produção no Brasil: “Desenvolvemos um produto no país, com tecnologia brasileira, do zero. Vamos fabricar desde a matéria-prima até o produto acabado, reforçando nossa posição de liderança no mercado farmacêutico brasileiro com produtos de alta qualidade e de grande impacto.”

Como funcionam os medicamentos?

Assim como outros análogos de GLP-1, o Lirux e o Olire serão administrados por meio de injeção subcutânea. A principal diferença em relação a outros tratamentos, como o Ozempic e Wegovy (que utilizam semaglutida e exigem aplicação semanal), é que a liraglutida requer injeções diárias.

O Lirux, destinado ao tratamento de diabetes, será disponibilizado em doses de até 1,8 mg por dia, com embalagens contendo de uma a dez canetas. Já o Olire, indicado para obesidade, poderá ter aplicação diária de até 3 mg, com pacotes variando de uma a cinco canetas. Cada caneta contém 3 ml da solução, com concentração de 6 mg/ml.

Ambos os medicamentos são produzidos com a tecnologia UltraPurePep, que garante alta pureza e rendimento, oferecendo uma nova geração de análogos de GLP-1 de elevada qualidade.

Com a autorização da Anvisa, a expectativa é que os novos tratamentos ajudem a aumentar o acesso a medicamentos eficazes no controle de diabetes e obesidade no Brasil, ampliando as opções terapêuticas para milhões de pacientes.

Compartilhe

Alô Alô Bahia Newsletter

Inscreva-se grátis para receber as novidades e informações do Alô Alô Bahia