O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ter o dreno instalado na cabeça retirado nesta quinta-feira (12), por volta das 19h, segundo informações do médico Roberto Kalil Filho, divulgadas na entrada do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Pela manhã, Lula passou por uma embolização da artéria meníngea média para prevenir novos sangramentos. O procedimento, que durou cerca de uma hora, foi realizado sem complicações.
Durante uma coletiva de imprensa, os médicos informaram que Lula deve deixar a UTI nesta sexta-feira (13) e ter alta hospitalar entre segunda (16) e terça-feira (17). Após a alta, o presidente retornará diretamente a Brasília, onde poderá despachar do Palácio da Alvorada. Entretanto, os especialistas recomendaram repouso, com restrições a esforços físicos e mentais nos próximos dias.
O neurologista Rogério Tuma destacou que a intervenção diminuiu significativamente os riscos de novos sangramentos.
“Com a drenagem, ele está tratado. O procedimento foi preventivo para evitar que essa condição volte a ocorrer. Hoje, o risco de um novo hematoma é inferior a 5%, e a probabilidade diminui ainda mais com o tempo. Neurologicamente, ele está perfeito, conversando normalmente”, afirmou o médico.
Entenda a internação
Lula foi internado na noite de segunda-feira (9), no Hospital Sírio-Libanês de Brasília, após sentir fortes dores de cabeça. Exames identificaram uma hemorragia causada por um acidente doméstico sofrido em outubro, quando o presidente bateu a cabeça em uma queda no banheiro do Palácio do Alvorada.
Devido à gravidade do quadro, Lula foi transferido para São Paulo e submetido a uma cirurgia de emergência, que envolveu a perfuração do crânio para acessar e drenar o sangramento. A internação ocorreu 51 dias após o incidente, evidenciando a necessidade de acompanhamento cuidadoso da evolução do quadro clínico.
Com a recuperação avançando de forma positiva, os médicos reforçam que o presidente poderá retomar suas atividades de forma gradual, priorizando o descanso e a saúde nos próximos dias.
