‘Só vamos conseguir barrar a violência se produzirmos um antídoto a ela’, diz Erika Hilton em Salvador

‘Só vamos conseguir barrar a violência se produzirmos um antídoto a ela’, diz Erika Hilton em Salvador

Redação Alô Alô Bahia

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Reprodução/Instagram Mateus Fernando/Flicaj

Publicado em 08/12/2024 às 08:34 / Leia em 3 minutos

Em passagem por Salvador para participar do Festival Literária de Cajazeiras (Flicaj), a deputada federal Erika Hilton (Psol) destacou, nesse sábado (7), a importância da educação para as minorias sociais. Ela também falou que eventos como este devem ser ocupados.

“Eu acho que, primeiro, as pessoas precisam, cada vez mais, aproveitar as oportunidades. Uma feira como essa pode parecer algo pequeno, mas tem uma grandiosidade importante. A população negra precisa se apropriar, e as mulheres, e a comunidade LGBT, de espaços que ajudem elas a formular um antídoto contra as violências estruturais que acometem o nosso corpo. Nós só vamos conseguir barrar a violência se nós produzirmos um antídoto a ela“, disse, em conversa com a imprensa.

A deputada falou ainda que é preciso resistir às pressões de um sistema que não quer que as minorias adquiram conhecimento e tenham acesso à educação.

O que eu diria era: resista, sigam firmes, se apropriem desse território, se apropriem desse lugar e abusem da educação. A educação e o conhecimento é algo que ninguém jamais vai conseguir roubar da gente. E através da educação e do conhecimento que a gente pode contrapor a toda uma estrutura que nos quer deseducada, nos quer menos crítica e, em especial, essas populações, que estão projetadas dentro de um sistema escravocrata para servidão. Não é para pensar, não é para ler, não é para produzir. Resistam, produzam e abusem do conhecimento, abusem da educação. Briguem por ela, exija ela, porque é através deste lugar e dessas revoltas que a gente vai conseguir contrapor esse mundo”, disse.

Erika foi reconhecida como a melhor deputada do país na edição de 2024 do Prêmio Congresso em Foco. Ela teve papel fundamental na criação do Fundo Municipal de Combate à Fome de São Paulo, na implementação da Política Nacional de Trabalho Digno e Cidadania para a População em Situação de Rua e é a propositora da PEC que visa o fim da jornada de trabalho 6×1.

Com o tema “Africanidades Brasileiras e Cultura Periférica”, o Festival Literário de Cajazeiras aconteceu entre esta quinta-feira (5) e o próximo sábado (7), no Ginásio Poliesportivo de Cajazeiras, em Salvador. Realizado desde 2019, o evento visa, também, fortalecer a identidade local e promover o debate sobre cultura e literatura nas periferias.

Além da deputada Erika Hilton, o evento também reuniu outros nomes importantes como Djonga, a cantora baiana Rachel Reis, da influenciadora digital Linn da Quebrada, além dos jornalistas Ricardo Ishmael e Luana Assiz.

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