‘Mutante’, sagitariana Marcia Castro eterniza ode ao samba-reggae na véspera de seu aniversário, em álbum dedicado ao ritmo baiano

‘Mutante’, sagitariana Marcia Castro eterniza ode ao samba-reggae na véspera de seu aniversário, em álbum dedicado ao ritmo baiano

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Maria Marques

Divulgação/Pedrita

Publicado em 06/12/2024 às 11:20 / Leia em 3 minutos

Soteropolitana do bairro da Saúde, no Centro Histórico da capital da Bahia, Marcia Castro não se desvincula de seu berço, mesmo tendo CEP fixo em São Paulo. Dias antes de soprar as velinhas, a cantora liberou, na íntegra, o álbum “Roda de Samba Reggae”, que reafirma o seu jeito camaleão de fazer música. Ou, nas palavras dela e de Rita Lee, “mutante”.

Nas plataformas digitais de áudio desde esta quinta-feira (5), a coletânea resgata sucessos que fizeram os ouvidos e as cabeças baianas entre os anos 80 e 90, de ícones como Olodum, Ilê Aiyê, Muzenza, Carlinhos Brown e Margareth Menezes, verdadeiros hinos do ritmo que deu origem ao gênero axé music.

Capa de novo álbum de Marcia Castro, “Roda de Samba Reggae, Vol. 1 (Ao Vivo”, põe a artista em meio às construções históricas do Centro de Salvador, bem como o próprio ritmo criado por Mestre Jackson e Neguinho do Samba | Foto: Divulgação

No último verão, a artista causou mais burburinho em endereços já movimentados, como o Largo da Saúde, com apresentações gratuitas do projeto, sob a benção de convidados ilustres, a exemplo de Gerônimo Santana, Sarajane, Tonho Matéria e Pierre Onassis.

Com fôlego de sobra, o show “Roda de Samba Reggae” desembarcou nesta semana, na sexta-feira (29) e no sábado (30), no Rio de Janeiro, e promete espalhar o balancê pelo Brasil, com apresentações programadas até fevereiro de 2025. Em Salvador, Marcia lança o disco oficialmente no sábado (14), no Santo Antônio Além do Carmo.

Em conversa com o Alô Alô Bahia, Marcia Castro contou que produzir algo dedicado à Bahia é um desejo que existe desde o seu segundo disco, “De Pés no Chão” (2013). A vontade teve de ser adiada após o falecimento precoce do percussionista e produtor Ramiro Mussutto, argentino que pesquisou como poucos as batidas dos blocos afro.

Ramiro colaborou com “gente grande” da cultura baiana – a exemplo de Magá, Brown, Daniela Mercury e Gerônimo. Portanto, Marcia retomou a sua “Bahia musical”, em uma pegada “mais eletrônica”, em “TRETA” (2017) e, pouco depois, lançou o autoral “AXÉ” (2021), produzido pelo gigante maestro Letieres Leite e por Lucas Santtana.

Agora resolvi mergulhar nas minhas raízes, na menina que nasceu na Saúde e cresceu ouvindo e dançando música baiana. Que brincou seu primeiro Carnaval aos 14 anos e nunca mais abandonou a festa. Eu gosto da alegria, da festa, sou sagitariana!”, refletiu Marcia Castro, que completa 46 anos neste sábado (7), ao site.

Ela emenda: “Acho que, depois de muito passear pelo mundo musical, percebi que me fincar na alegria que pertence à música baiana combina muito comigo. Espero que isso chegue de modo leve e gostoso em todo mundo!”.

O álbum “Roda de Samba Reggae” abriga 21 faixas produzidas por Fabrício Mota. Entre elas, estão clássicos como “Ajeumbó”, do Cortejo Afro (que faz participação), “Selva Branca”, “Madagascar”, “Faraó”, e “Rosa” e “Deusa do Amor”, com Pierre Onassis. Captado ao vivo durante as celebrações dos 475 anos da Roma Negra, o trabalho tem também a presença de Anderson do Samba.

E por falar em Cortejo Afro, é de Alberto Pitta, artista plástico fundador do bloco, a assinatura das estampas vestidas tanto por Marcia Castro quanto pela cenografia do palco. Toda a estética, dirigida por Zedu Carvalho, reflete a afro-baianidade. A direção criativa é de Leticia Paz, enquanto o design gráfico leva a assinatura de Trintta.

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