Museu Carlos e Margarida Costa Pinto recebe congresso para discutir 400 anos da invasão holandesa na Bahia

Museu Carlos e Margarida Costa Pinto recebe congresso para discutir 400 anos da invasão holandesa na Bahia

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Matheus Simoni | matheus.simoni@aloalobahia.com

Gravura de Claes Jansz Visscher, acervo do National Maritime Museum, Greenwich

Publicado em 17/04/2024 às 14:36 / Leia em 2 minutos

O Museu Carlos e Margarida Costa Pinto, localizado no Corredor da Vitória, recebe ainda neste mês de abril um evento que vai destacar os 400 anos de um dos episódios mais marcantes da história brasileira: a tomada de Salvador da Bahia pela Companhia das Índias Ocidentais em 1624 e a reconquista pelas forças luso-espanholas em 1625. Historiadores e especialistas do Brasil, da Espanha e da Holanda vão trazer pesquisas atuais sobre o tema e discutir em evento que vai tomar conta do museu entre os dias 23 e 25 de abril.

Em 09 de maio de 1624, uma esquadra de 26 navios e cerca de 3.400 holandeses comandados Jacob Willekens, chegaram a Bahia. O desembarque da Companhia das Índias Ocidentais aconteceu após seus negócios no Atlântico ser prejudicado, na época, pelo domínio espanhol sobre Portugal. Então capital do Brasil, Salvador foi fortemente bombardeada pelos holandeses, com muitos prejuízos para a cidade. Os navios aportaram na Barra e diversas igrejas e outros locais importantes da capital foram destruídos.

J8czVCg.png

O Governador Diogo de Mendonça Furtado, após sua rendição para os holandeses, em ilustração de 1624, representando religiosos e autoridades feitos prisioneiros e levados para Amsterdam. (Gravura: Claes Jansz. Visscher)

Em 27 de março de 1625, Salvador foi retomada por uma armada luso-espanhola de mais de 50 navios, comandada pelo almirante espanhol Fadrique de Toledo y Osorio. Foram mais de 40 dias de batalha e, em 1º de maio, houve a primeira rendição.

Durante o evento no museu, serão apresentados documentos históricos espanhóis e holandeses recém-encontrados no Arquivo de Simancas, na Espanha, e no Arquivo Nacional holandês, além de documentos oriundos de arquivos portugueses, como o Arquivo Nacional da Torre do Tombo e o Arquivo Histórico Ultramarino.

J8cISRV.md.png

“La recuperación de Bahia de Todos los Santos”, pintura a óleo do artista barroco espanhol Juan Bautista Maíno (1581-1649), Museu del Prado.

O encontro também vai debater o impacto da ocupação holandesa na Bahia e suas reverberações ao longo dos séculos. Para participar, os interessados devem se inscrever na plataforma do evento.

Alô Alô Bahia no seu WhatsApp! Inscreva-se

Compartilhe