Anvisa aprova primeiro medicamento oral para tratamento de câncer de pulmão

Anvisa aprova primeiro medicamento oral para tratamento de câncer de pulmão

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Reprodução

Publicado em 27/11/2024 às 09:47 / Leia em 2 minutos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou, nesta semana, o primeiro medicamento oral para o tratamento de câncer de pulmão de não pequenas células avançado com mutação ALK, que acomete, em sua maioria, mulheres jovens e não fumantes. Trata-se do alectinibe, desenvolvido pela farmacêutica Roche e registrado no País com o nome comercial Alecensa. 

O estudo clínico que baseou a decisão da Anvisa aponta que o tratamento reduz o risco de recorrência da doença ou morte em 76% dos pacientes. Após três anos de tratamento, 9 em cada 10 pacientes ficaram livres da doença. “Aproximadamente metade dos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão de não pequenas células nos estágios iniciais apresentam recidiva, mesmo após a cirurgia e a quimioterapia (…) Agora poderemos beneficiar uma população de pacientes mais jovens, que possuem alto risco de desenvolver metástases cerebrais, impactando diretamente na possibilidade de cura para essas pessoas”, explica a médica Clarissa Baldotto, presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica e diretora da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer, o  câncer de pulmão é o quarto tipo de câncer mais incidente no Brasil, além de ser o que apresenta a maior mortalidade.

Sobre o Alecensa

Trata-se de um medicamento oral criado pela Chugai, centro de desenvolvimento do Grupo Roche no Japão, para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) cujos tumores são identificados como positivos para alteração do gene ALK. Este tipo de câncer geralmente é constatado em pessoas mais jovens que apresentam um histórico de pouco ou nenhum tabagismo. 

Atualmente, o Alectinibe é aprovado nos Estados Unidos, Europa, Kwait, Israel, Hong Kong, Canadá, Coreia do Sul, Suíça, Índia, Austrália, Singapura e Taiwan para o tratamento de CPNPC avançado (metastático) positivo para ALK, cuja doença se agravou após outro tratamento ou para aqueles que não puderam tolerar o tratamento com crizotinibe. No Japão, também já está disponível para pessoas com CPNPC positivo para ALK.

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