A Universidade Federal do Ceará (UFC) concedeu nesta sexta-feira (15) o título de Doutora Honoris Causa à cantora Maria Bethânia. O evento ocorreu na Concha Acústica da UFC.
O Doutor Honoris Causa é um título concedido a personalidades de fora da universidade que tenham contribuído de forma notável nas ciências, no ensino, na cultura ou na política e que tenham beneficiado de forma notável a humanidade ou o país.
Maria Bethânia se apresenta ao lado do irmão, Caetano Veloso, neste sábado (16) em Fortaleza, como parte da turnê em que cantam sucessos das carreiras juntos.
“Ao ser homenageada nesta universidade devo, primeiramente, homenagear aqueles que ao longo desses muitos anos me constituíram como artista. Minha dívida não é pequena. Minha vontade de agradecer não é menor. Mas seriam tantos nomes que é impossível listá-los e reconstituir tudo que se passa no meu coração. Limito-me a dizer que comigo neste chão pisa uma série infinita de escritores, poetas, compositores, cantores, artistas e amigos”, disse a cantora durante discurso.
Bethânia também agradeceu a plateia presente e cantou à capela trecho da canção “O Que É, o Que É?”, de Gonzaguinha.
O evento teve início por volta de 17h30 e foi permeado por músicas em homenagem à cantora, mas a própria Maria Bethânia não fez apresentação.
O reitor Custódio Almeida foi quem fez a entrega do título de Doutora Honoris Causa e colocou os “paramentos doutorais” – as vestes típicas desse tipo de solenidade – na homenageada.
Bethânia recebeu do reitor o capelo (um pequeno chapéu) e a samarra (espécie de túnica ou capa), nas cores azul-rei, que representam a UFC.
O reitor Custódio Almeida fez a entrega do título. — Foto: Ismael Soares (Sistema Verdes Mares)
Programação
Além de Maria Bethânia, a ativista Maria da Penha, a pedagoga Ruth Cavalcante e o escritor e poeta Rodolfo Teófilo também receberam o título. — Foto: Ismael Soares (Sistema Verdes Mares)
Na abertura, os músicos Pantico Rocha e Alisson Félix tocaram, como músicas instrumentais, “Começaria tudo outra vez”, de Gonzaguinha; “Sonho meu”, de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho; e “Iluminada”, de Jorge Portugal e Roberto Mendes.
O evento começou com “Reconvexo”, de Caetano Veloso, interpretada por Aparecida Silvino, enquanto ocorria o cortejo das autoridades universitárias e a composição da mesa. Logo depois, houve a vez do cortejo da própria Maria Bethânia, que ocorreu ao som de “Carcará”, de João do Vale e José Cândido da Silva, na voz de Luiza Nobel.
O cerimonial foi aberto com a música “Iansã”, de Caetano Veloso e Gilberto Gil, cantada por Lorena Nunes, e pelo Hino Nacional, interpretado por Aparecida Silvino.
Na sequência, o reitor Custódio Almeida fez a entrega do título. Houve também uma saudação especial e uma fala da nova doutora honoris causa da UFC.
O encerramento, às 19 horas, foi marcado pelas músicas “Olhos nos olhos”, de Chico Buarque, interpretada por Lorena Nunes; e por “Foguete”, de Roque Ferreira e J. Velloso, e “Explode coração”, de Gonzaguinha, interpretadas por Lorena, Aparecida e Luiza.
Houve ainda o espetáculo de projeções “Oyá”, com ilustrações elaboradas por alunos da UFC, com referências à trajetória de Bethânia.
Além de Maria Bethânia, a ativista Maria da Penha, a pedagoga Ruth Cavalcante e o escritor e poeta Rodolfo Teófilo também receberam o título.
Ver essa foto no Instagram
