Na noite desta quarta-feira (13), uma série de explosões abalou a Praça dos Três Poderes, em Brasília, levando ao isolamento imediato do local e causando a morte de um homem próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal confirmaram a morte da vítima na área em frente ao STF, onde também foi encontrado um carro com explosivos.
Após os estrondos, agentes da Polícia Federal foram acionados, e ministros da Corte foram retirados com urgência do edifício. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava no Palácio da Alvorada, a cerca de quatro quilômetros de distância, em reunião com o ministro Fernando Haddad e foi informado da situação.
A sequência de explosões pôde ser ouvida tanto do prédio do Supremo quanto do Palácio do Planalto. Durante o incidente, servidores do STF foram conduzidos para uma área segura. Em nota, o tribunal informou que “dois fortes estrondos foram ouvidos ao final da sessão, e os ministros foram retirados do prédio em segurança”.
A Câmara dos Deputados, que realizava uma sessão para discutir uma proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre a imunidade tributária para igrejas, interrompeu as atividades pouco mais de uma hora após o incidente. Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), presidente da sessão, pediu aos parlamentares que permanecessem no plenário até que a segurança do local fosse garantida.
No momento da explosão, a deputada Erika Hilton (PSOL) concedia uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto sobre uma PEC que propõe o fim da jornada de trabalho 6×1, quando a primeira explosão foi ouvida. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) deu início a uma varredura no entorno do Palácio do Planalto e outras áreas próximas.
A Polícia Militar informou que, próximo à Praça dos Três Poderes, foi encontrado um carro com artefatos explosivos. De acordo com o sargento Santos, da PM do DF, agentes viram um homem saindo correndo do veículo e acreditaram, inicialmente, que ele fugia do fogo. “O carro tem uma espécie de bomba. São vários explosivos fracionados e amarrados com tijolos, mas não houve ignição completa dos explosivos”, explicou o policial. Acredita-se que o homem que correu seja o mesmo encontrado morto próximo ao STF.
A Polícia Civil do Distrito Federal e a 5ª Delegacia de Polícia já iniciaram as investigações e acionaram a perícia. Mais informações sobre o caso devem ser divulgadas conforme o avanço das investigações, enquanto o STF reforça sua colaboração com as autoridades policiais.