Considerado um dos principais nomes do jornalismo brasileiro, William Bonner revelou, no Festival Acontece, promovido pela TV Globo, qual foi o momento mais marcante da sua carreira. O profissional, que estreou no comando do Jornal Nacional em abril de 1996, ao lado de Lillian Witte Fibe, assumiu também o papel de editor-chefe do programa, três anos mais tarde.
Durante bate-papo mediado pela jornalista Mariana Gross, Bonner disse que noticiar o falecimento do apresentador Gugu Liberato, em novembro de 2019, foi um dos seus maiores desafios profissionais. Na época, o Jornal Nacional completava 50 anos e recebia semanalmente dois jornalistas afiliados para assumir a bancada da noite. Os convidados da vez eram Aline Aguiar e Giovanni Spinucci.
“Eles estavam, talvez, no momento mais curioso de suas carreiras, iam apresentar o Jornal Nacional representando os seus estados naquela bancada. Eles entraram e, ao sentarem ali, a primeira coisa que fizeram foi prestar homenagem ao Gugu Liberato. Depois disso, a gente estava muito emocionado, a gente fez a conversa [programada]: ‘Como recebeu a notícia que apresentaria o jornal?”, relembrou Bonner.
O âncora do JN explicou ainda que, apesar de já ter realizado transmissões de grandes eventos em 28 anos, a notícia repentina da morte do colega de profissão o pegou desprevenido. “[Já fiz] Guerra do Golfo, transmissão de eventos, debates [eleitorais] que são sempre muito difíceis, como o ‘Padre Kelmon’, mas dá para a gente respirar. Numa dessa [como a morte do Gugu] não tem respiro. Era uma coisa que eu não estava esperando. Acho que foi a transmissão mais difícil“, declarou.