Em 2022, aproximadamente 17 mil dos 2.8 milhões de casais baianos eram formados por pessoas do mesmo sexo, representando apenas 0,34% de todos os arranjos domiciliares no estado. Estes dados do Censo Demográfico de 2022 só foram liberados nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número é baixo, mas representa um aumento de seis vezes na comparação com o Censo anterior, de 2010, quando eram singelos 3 mil casais, ou 0,07% das uniões baianas.
Mesmo assim, o estado subiu no ranking nacional de estados com mais casais heterossexuais, saindo da 8ª posição para a 4ª. Piauí, Maranhão e Tocantins lideram.
No Brasil, havia em 2022, 391.080 casais do mesmo sexo, que representavam 0,54% dos total de arranjos domiciliares do país. Frente a 2010, quando foram contados 59.957 casais de mesmo sexo, ou 0,10% do total, o número quase se multiplicou por sete. Houve aumentos expressivos nesse total em todos os estados, no período.
Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo tinham, em 2022, as maiores proporções de domicílios com casais do mesmo sexo.
Na capital baiana
Em Salvador, o Censo 2022 contabilizou 6.751 casais do mesmo sexo, que representavam 0,70% do total de unidades domésticas, quatro vezes mais que 2010, quando eram 1.595, representando 0,19% do total de arranjos domiciliares.
Ainda assim, Salvador despencou no ranking de capitais com mais casais do mesmo sexo, de 11ª maior participação em 2010 para 20ª em 2022.
Florianópolis/SC (1,29%), Fortaleza/CE (1,08%) e João Pessoa/PB (0,98%) tinham, em 2022, as maiores proporções de domicílios onde havia casais de mesmo sexo. Teresina/PI (0,46%), São Luís/MA (0,55%), Boa Vista/RR (0,55%) e Rio Branco/AC (0,55%) tinham os menores percentuais.
Na Bahia, Salvador tem o 3º maior percentual de domicílios com casais do mesmo sexo, abaixo apenas de Macururé (1,07%), que liderava no estado, e Lauro de Freitas (0,71%). Em 2022, só não foram contabilizados casais de mesmo sexo em 17 dos 417 municípios baianos (4,1%).