O músico, arranjador e produtor Quincy Jones, tido como um ícone da música americana, faleceu neste domingo (3), aos 91 anos. Reconhecido por sua vasta obra que abrange artistas como Frank Sinatra, ele também foi indispensável na transformação definitiva da música pop ao colaborar com Michael Jackson. Em nota, a assessoria informou que Jones faleceu em sua casa em Bel Air, Los Angeles, cercado pela família. A causa da morte não foi divulgada.
Em um comunicado, a família expressou: “Hoje à noite, com corações cheios, mas partidos, compartilhamos a notícia do falecimento de nosso pai e irmão Quincy Jones. Embora essa seja uma perda imensa para nós, celebramos a extraordinária vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele.”
Vida e legado de Jones
Natural de Chicago, Quincy Jones começou sua carreira ao trabalhar com Ray Charles ainda na adolescência e, como músico, integrou as big bands de Lionel Hampton e Dizzy Gillespie.
Jones era um verdadeiro mestre em quase todos os ramos da música popular. Em seis décadas, ele deixou sua marca em gêneros que vão do jazz ao hip hop – como trompetista, líder de banda, arranjador, compositor e produtor. Ele compôs trilhas sonoras de filmes, co-produziu “A Cor Púrpura” e trabalhou no famoso programa de televisão dos anos 90 “Um Maluco no Pedaço”, que mudou para sempre a carreira de Will Smith.
Mas, foi no ofício como produtor que ganhou ainda mais destaque. Umas de suas produções mais icônicas são os álbuns “Thriller” –um dos discos mais vendidos da história–, “Bad” e “Off The Wall”, de Michael Jackson. Jones influenciou gravações de grandes nomes do jazz, como Miles Davis, produziu Frank Sinatra e reuniu um time de superestrelas para o projeto beneficente “We Are the World”, em 1985.
Ao longo de sua carreira, Quincy Jones teve 80 indicações ao Grammy, e venceu 28. Primeiro compositor negro a ocupar um cargo executivo em uma grande gravadora, a Mercury, foi também um pioneiro no cinema de Hollywood.