Zezé Motta recebe título inédito de Doutora Honoris Causa da Fiocruz

Zezé Motta recebe título inédito de Doutora Honoris Causa da Fiocruz

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Reprodução

Publicado em 01/11/2024 às 17:01 / Leia em 2 minutos

A atriz Zezé Motta recebeu o título de Doutora Honoris Causa da Fundação Oswaldo Cruz, se tornando a primeira artista a receber a honraria máxima da instituição. Sempre digo que é muito importante o reconhecimento das coisas boas que você realiza, porque é um incentivo para que você continue lutando pelo que acredita”, disse Zezé, ao receber a homenagem. “Minha carreira foi marcada pela busca da representatividade e pelo combate ao preconceito. Hoje, recebendo esse título, sinto que a minha trajetória se entrelaça à de todos que lutam por justiça e igualdade”, completou a atriz.

O presidente da Fiocruz, Márcio Moreira, disse que o título busca reconhecer o trabalho de pessoas que contribuíram para a melhoria da humanidade e do país. “Entendemos que a expressão científica também se dá pela cultura e pelas artes, mas, para além disso, Zezé encarna a luta do nosso cotidiano por um país menos desigual”, disse o presidente. “Essa é uma luta da Fiocruz, porque é uma luta da sociedade brasileira”.

A atriz é natural de Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio de Janeiro. Chegou a trabalhar como operária na indústria farmacêutica. Estreou como atriz em 1967, na peça Roda viva, de Chico Buarque. Ao longo da sua trajetória, traz em seu currículo 13 peças de teatro e mais de 10 discos, sendo o mais recente Pérolas negras (2024), no qual divide os vocais com Alaíde Costa e Eliana Pittman.

Zezé Motta também se destacou em novelas e filmes. Ela foi protagonista de Xica da Silva (1976), filme dirigido por Cacá Diegues e chegou a atuar em mais de 45 produções na televisão, como a novela Beto Rockefeller (1968), e mais de 60 filmes. Em 2022, venceu o Prêmio Grande Otelo do Cinema Brasileiro de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme Doutor Gama. Além disso, recebeu o Troféu Oscarito do Festival de Cinema de Gramado, pelo conjunto de sua obra, em 2007.

Ser uma mulher preta no Brasil é, por si só, um marco diário. Mas ser uma mulher preta que conseguiu se firmar no cenário artístico, desafiando estereótipos e conquistando espaços, é uma vitória que carrego comigo e com todas as mulheres pretas que vieram antes e as que ainda vivem agora”, comemorou Zezé.

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