Histórias de Halloween de Salvador: lendas urbanas que assombram os soteropolitanos

Histórias de Halloween de Salvador: lendas urbanas que assombram os soteropolitanos

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

CORREIO/Divulgação

Publicado em 31/10/2024 às 10:21 / Leia em 5 minutos

Você já parou para pensar nas histórias misteriosas que envolvem a capital baiana? Salvador, além de ser conhecida por sua cultura única e rica história, também guarda segredos que há décadas intrigam os moradores. Lendas urbanas se misturam ao cotidiano e trazem à tona relatos que vão além da realidade.

Seja por meio de contos passados de geração em geração ou de acontecimentos inexplicáveis que desafiam a lógica, as lendas urbanas têm um papel importante em manter viva a essência cultural de cidades importantes como Salvador. Elas nos fazem olhar com mais curiosidade para cada canto histórico, como se em cada esquina pudesse haver um novo segredo.

1. A voz misteriosa da Igreja do Carmo

Foto: Reprodução

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Há cerca de 20 anos, um grupo de 10 amigos decidiu jogar futebol em frente à histórica Igreja da Ordem Terceira do Carmo, no Centro Histórico de Salvador. A área estava deserta, e os jovens, empolgados com a partida, comemoravam cada gol com certo barulho. A felicidade deles parecia não incomodar a vizinhança, até que um detalhe inesperado aconteceu.

Em meio às comemorações, um dos amigos ouviu uma voz sussurrar um pedido de silêncio. Logo de cara, ele achou que fosse apenas fruto da imaginação, mas a voz repetiu o pedido, dessa vez mais alto para todos. Antes que pudessem reagir, os portões da igreja tremeram de forma intensa e inexplicável, sem qualquer vento ou motivo aparente.

Assustados, os meninos saíram correndo, sem olhar para trás. Desde aquela noite, nenhum deles voltou a jogar bola ali.

2. O tesouro perdido da Fonte Nova

Foto: Divulgação

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Na década de 1920, a busca por tesouros escondidos nos subterrâneos da cidade mexia com a imaginação dos moradores. Historiadores renomados, como Teodoro Sampaio, confirmavam a existência de túneis cavados na rocha, embora suas funções exatas fossem desconhecidas.

Dentre as especulações, uma dizia que esses túneis serviam para proteger riquezas de famílias ricas durante as invasões holandesas de 1624 e 1625. Um dos mais cobiçados tesouros seria uma arca de ferro, madeira ou bronze, repleta de ouro, prata e joias, supostamente enterrada próximo à nascente da fonte, entre a Ladeira dos Galés e a área que hoje dá acesso à Arena Fonte Nova.

O jornal A Tarde até alimentou o interesse popular ao publicar reportagens sobre o tema em 1915 e em 1928, quando foi noticiado o achado de um crucifixo de ouro próximo ao local. Isso levou a uma onda de escavações clandestinas, a ponto de o governo precisar intervir e proibir a busca por tesouros. Até hoje, nada foi encontrado, mas o mistério permanece.

3. A Mulher de Roxo

Foto: Jorge de Jesus/ArquivoCORREIO

Foto: Jorge de Jesus/Arquivo
CORREIO

Com presença marcante na Rua Chile — que já foi um dos centros comerciais mais movimentados da cidade — essa figura misteriosa atraía olhares e provocava medo e curiosidade. Vestida sempre com uma bata roxa, cabelos bagunçados e um olhar penetrante, ela caminhava descalça pelas ruas, com um grande crucifixo pendurado no pescoço.

Dizem que Florinda, como era conhecida, vinha de uma família tradicional e tinha uma boa educação, mas teria enlouquecido após uma desilusão amorosa. Além de sua famosa roupa roxa, relatos contam que ela também foi vista vestindo roupa de noiva, com véu e buquê. Florinda era educada ao pedir dinheiro e frequentemente falava sozinha.

Sua história não se limitou apenas à memória popular. Florinda chegou a conceder uma entrevista ao jornalista Marecos Navarro, e sua figura foi inspiração para obras como o filme “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1969), de Glauber Rocha.

4. A Loira do Palácio Rio Branco

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

O Palácio Rio Branco, antiga sede do governo da Bahia, guarda uma lenda que arrepia até os mais céticos: a história da Loira do Palácio. Segundo relatos, durante um carnaval, uma funcionária da Secretaria que trabalhava no local vivenciou algo assustador.

Enquanto caminhava pelos corredores vazios e silenciosos, onde apenas o som distante dos trios elétricos ecoava, ela ouviu um grito misterioso. Instantes depois, a figura de uma mulher loira, com um vestido que remetia a épocas passadas, surgiu em sua visão.

O que torna a história ainda mais intrigante é a semelhança entre a aparição e um dos quadros pendurados no palácio. A pintura retrata uma mulher loira com os cabelos presos por um pente, mas com a parte restante desarrumada, igual à descrição do fantasma.

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