Citando poesia de Gilberto Gil que se materializa em beleza na primeira metrópole das Américas, a revista Casa Vogue publicou um roteiro de viagem para Salvador, a cidade que “ressignifica seus espaços culturais, valorizando manifestações que emergem da efervescência urbana, sem abrir mão de seu rico passado ancestral, que dá chão e sentido à sua identidade.”
Sem citar os clichês praias, Barra e Pelourinho, o roteiro inicia pela Paulo Darzé Galeria, comandada pela artista e curadora Thais Darzé. “Com olhar atento para a contemporaneidade, se tornou lugar de referência, onde a arte é não apenas exibida como também discutida, formando uma rede de intercâmbio cultural que só enriquece a cena local“, analisa a publicação, assinada pela jornalista baiana Rafaela Fleur.
O passeio segue para a Cidade Baixa, desembarcando na Cidade da Música da Bahia, inaugurada em 2021 no centenário Sobrado Azulejado, mais conhecido como Casarão de Azulejos Azuis, anteriormente em estado de abandono.
“Com estúdios de gravação, exposições interativas e programação focada na formação de novos talentos, o centro cultural é uma ode à multiplicidade musical dos soteropolitanos”, elogia.
Para voltar à Cidade Alta nada de Elevador Lacerda: a sugestão da Vogue é experimentar o Plano Inclinado Gonçalves.
Seguindo na mistura de história e cultura que forma Salvador, uma visita na Casa do Benin, espaço multicultural que preserva e promove a rica herança africana de Salvador.
“No coração do Centro Histórico, abriga uma vasta coleção de obras que reflete a diversidade das tradições afro-brasileiras. Com programação dinâmica, é ponto de encontro para atividades como oficinas de arte, dança e música, além de palco para aprendizado e troca de saberes, com palestras e debates focados na valorização da negritude. O acervo inclui peças de artesanato, máscaras, esculturas, entre outras criações de renomados artistas contemporâneos, convidando os visitantes a celebrar a pluralidade de culturas ancestrais”, define.
Ainda no Centro Histórico, a Pousada do Boqueirão merece atenção, opção de estada aconchegante em um edifício do séc. 18.
“Com paredes decoradas com criações de artistas locais, a hospedagem se transforma em ambiente de convivência com oficinas, mostras e apresentações musicais. O projeto Boqueirão Cultural é uma das iniciativas que aproximam visitantes e moradores, proporcionando trocas enriquecedoras de ideias e experiências. Além disso, sua localização é privilegiada, próxima a pontos turísticos como o Mercado Modelo e o Elevador Lacerda”, guia a matéria.
A penúltima sugestão é o Miranda Estúdio, no boêmio Rio Vermelho. “O hub criativo reúne exposições, música ao vivo, áreas de convivência, bar e uma proposta gastronômica diversificada – tudo isso em um local que também abriga um estúdio de tatuagem. Perfeito para quem gosta de jogar conversa dentro, conhecer gente e traçar conexões.”
Finalizando o roteiro, uma visita ao casal mais amado da história da Bahia. “Casa do Rio Vermelho, onde viveram Jorge Amado e Zélia Gattai, brilha como um tesouro para os amantes da literatura brasileira, resgatando e celebrando a memória do autor de clássicos como Capitães da Areia, Gabriela, Cravo e Canela e Dona Flor e Seus Dois Maridos. Um ponto de encontro vibrante, onde eventos literários conectam novas gerações ao seu rico legado”, encerra.