Dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (25), revelam uma sobremortalidade masculina em todas as faixas etárias, exceto entre os 80 e 84 anos, quando a população feminina é significativamente maior.
Este padrão é ainda mais acentuado entre os jovens adultos, com os homens enfrentando uma taxa de mortalidade muito superior à das mulheres.
A maior discrepância entre os sexos ocorre dos 15 aos 34 anos, período em que mortes de homens superam as de mulheres principalmente por “causas externas” — como acidentes de trânsito, homicídios e suicídios. A faixa entre 20 e 24 anos é a mais afetada: para cada 100 mulheres que falecem, ocorrem 371 óbitos masculinos, uma taxa 3,7 vezes maior.
Entre agosto de 2021 e julho de 2022, o Brasil registrou 1,3 milhão de óbitos, dos quais 722.225 (54,5%) foram de homens, enquanto 603.913 (45,5%) de mulheres. Estes dados ressaltam um cenário de sobremortalidade masculina, um padrão verificado em várias regiões do país.
No ranking nacional, Tocantins apresenta o maior índice de sobremortalidade masculina, com 150 mortes masculinas para cada 100 femininas, seguido por Rondônia (1,48) e Roraima (1,47). O Mato Grosso é o único estado fora da Região Norte a figurar entre os primeiros, com 1,42. Outros estados nortistas, como Amapá (1,41), Amazonas (1,37) e Pará (1,36), também superam a média nacional de 1,20.
Em contrapartida, as menores taxas foram observadas no Rio de Janeiro (1,05), Pernambuco (1,12) e Rio Grande do Sul (1,14), onde a diferença de mortalidade entre homens e mulheres é menos acentuada.