Chapada Diamantina conquista Indicação Geográfica para cafés produzidos na região

Chapada Diamantina conquista Indicação Geográfica para cafés produzidos na região

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Maria Marques

ICMBio

Publicado em 17/10/2024 às 11:06 / Leia em 2 minutos

“Café da Chapada Diamantina” passou oficialmente a ser sinônimo de “café bom”. A região obteve o reconhecimento na modalidade Denominação de Origem (DO) do seu café, por meio de um selo de Indicação Geográfica (IG). Este é o primeiro produto baiano a ganhar o selo do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), nesta terça-feira (15). O reconhecimento foi reivindicado pela Aliança dos Cafeicultores da Chapada Diamantina.

As IGs são selos conferidos pelo INPI no Brasil, que validam regiões famosas pela produção de determinados produtos. Existem duas categorias: a Indicação de Procedência (IP), que delimita uma área reconhecida como centro de produção, e a Denominação de Origem (DO), que atribui ao produto características específicas relacionadas ao seu meio geográfico. A segunda, mais difícil de obter, se assemelha à honraria concedida ao espumante de Champagne, na França, ou aos queijos parmigiano reggiano, na Itália.

Vai um cafezinho especial, colhido nas montanhas da Bahia, aí? | Foto: Divulgação/Sebrae

Só para se ter ideia, os cafés processados ​​por via seca (natural) da Chapada competem de igual para igual com os melhores cafés colombianos e etíopes, com avaliações acima de 85 pontos na metodologia da Specialty Coffee Association (SCA), principal autoridade no que diz respeito aos Cafés de Especialidade.

A DO da região cafeeira da Chapada abrange 24 municípios, como Piatã, Mucugê, Lençóis e Rio de Contas, já célebres pelos apreciadores de café, por possuírem um grão de qualidade superior.  Isto se deve, segundo o INPI, a fatores humanos e ambientais do local, que influenciam a bebida em notas sensoriais e sabor únicosencorpado, com acidez cítrica e retrogosto prolongado.

O relevo montanhesco colabora para que o café esteja em um nível elevado de excelência. Estudos feitos pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e pela Universidade Federal da Bahia confirmam que a altitude, temperatura e orientação da encosta onde os cafezais são cultivados, combinados com práticas pós-colheita tradicionais, são determinantes para a qualidade do fruto. Na Chapada, são todos da espécie Coffea arabica L.

Café da Chapada Diamantina, na Bahia, está entre os melhores do planeta | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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