Bicho Pão: rede de padarias de baianos no Rio de Janeiro ganhará unidade de 300 m²

Bicho Pão: rede de padarias de baianos no Rio de Janeiro ganhará unidade de 300 m²

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

José Mion

Ana Branco/O Globo

Publicado em 08/10/2024 às 13:42 / Leia em 4 minutos

Foi durante um festival de jazz em Lençóis, na Chapada Diamantina, há 10 anos, que o destino de Cássio Vieira tomou uma direção diferente. “Conheci uma linda donzela”, brinca o baiano, contando ao Alô Alô Bahia sobre o motivo de sua mudança, em 2015, para o Rio de Janeiro.

Formado em Gastronomia, o soteropolitano, que viveu parte da infância no bairro de Cajazeiras, onde sua mãe e parte da família vivem até hoje, passou um tempo se virando nas cozinhas de hotéis e restaurantes da Cidade Maravilhosa. “Em janeiro de 2019, fui a São Paulo fazer uma especialização em pães de fermentação natural. Aí, tudo mudou. Para mim, aquela viagem foi um divisor de águas e ali eu sabia exatamente o que faria da vida”, conta o simpático empresário.

Cássio e o tio Claudio dão vida à Bicho Pão | Foto: Divulgação

De lá pra cá, abriu duas unidades da Bicho Pão e se prepara para a terceira, a mais “audaciosa”, ainda esse ano. O nome da rede de padarias, na qual é sócio de outro baiano, seu tio Claudio Nascimento, é uma referência à “vida” do pão, fruto da ação das leveduras e organismos vivos que auxiliam no crescimento dos pães. Lá, ele diz fazer “quase um sacerdócio”.

“É o resgate do pão das receitas milenares, respeitando o processo de fermentação”, disse Cássio, que abriu a primeira unidade da marca em fevereiro de 2020 no Catete, na Zona Sul da cidade, quando convidou o irmão da mãe, que já tinha trabalhado como padeiro em algumas padarias de Salvador e tinha conhecimento da padaria mais convencional, para a sociedade. As primeiras fornadas, no entanto, começaram a sair um ano antes, na cozinha da casa de Cássio, que acabou virando uma padaria.

Primeiras fornadas começaram a sair na casa de Cássio | Foto: Acervo pessoal

“O negócio logo caiu no gosto dos amigos, amigos dos amigos e vizinhos. Em poucos meses, tivemos que buscar um espaço maior e dedicado. Ainda com pouco recurso e experiência, aluguei uma pequena sala na região do centro. Conhecemos as feiras de pequenos produtores e logo fomos notados pela qualidade dos pães”, relembra.

Decisão de seguir com a panificação veio depois de curso em São Paulo | Foto: Acervo pessoal

A segunda unidade da Bicho Pão veio em 2022, na Rua Paissandu, conhecida por ligar Laranjeiras ao Flamengo. Em 2023, na busca de um espaço maior, os sócios mudaram a casa para o Flamengo. Lá, além dos pães e cafés especiais, passaram a ter café da manhã e brunch todos os dias. Entre os destaques, aqueles campeões de venda, estão os croissants tradicionais e recheados de amêndoas ou Nutella. “As baguetes de tradição francesa também fazem muito sucesso”, conta, citando o “Bicho Mexido”, um toast com ovo mexido, farofa de bacon e cebolete, como o queridinho do café da manhã.

Novos planos

“Agora, em 2024, estamos em um novo projeto, abrindo uma terceira unidade em uma das regiões mais agitadas do centro do Rio. Dessa vez, o projeto é mais audacioso e conta com pouco mais de 300 m²”, antecipa. Segundo ele, a nova casa tem como objetivo produzir e distribuir “amor em formato de pães” para outras padarias, restaurares, cafeterias e bistrô.

Cássio acredita que Bicho Pão é misto de tesão, inconsequência e coragem | Foto: Acervo pessoal

“Acredito muito na energia que nos guia. Com um misto de tesão, inconsequência e coragem, a Bicho Pão nasceu. Nunca idealizei ser empresário, só queria fazer um bom pão”, confessa Cássio, que credita à valorização cada vez mais crescente, por parte do público, dos ingredientes de qualidade, o sucesso da sua e de outras marcas. “Uma coisa que sempre tivemos certeza é que, para fazer um bom produto, precisamos ter bons insumos, e respeitar os processos. E esse é o diferencial de tudo que buscamos fazer: entender os processos e respeitar o tempo de cada um deles, seja um pão ou a construção de uma empresa”, reflete.

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