Dirigido pelo premiado Sérgio Machado, o documentário em longa-metragem “3 Obás de Xangô” vai finalmente ter a sua estreia. A première faz parte da programação do Festival do Rio, que teve início na quinta-feira (3) e vai até dia 13 de outubro. Já o filme que retrata a amizade entre Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé terá sessões neste sábado (5), às 19h15, no NET Gávea, e domingo (6), às 13h30, no Cine Odeon, no coração do centro carioca.
O enredo desvenda como os três artistas, elevados ao título de Obás de Xangô pela mítica Mãe Senhora, do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, fizeram da vida cotidiana na Bahia o objeto principal de suas obras. Aliás, carregar esse título era uma como uma flecha apontada para a missão tão divina quanto terrena de transformar em arte as cores e os ritmos das ruas de Salvador. Os livros de Jorge, as canções de Caymmi e as pinturas de Carybé auxiliam, até hoje, na definição do significado de ser baiano.
Tricampeão em prêmios no Festival do Rio, com os filmes “Cidade Baixa”, “Onde a Terra Acaba” e “Luta do Século”, o diretor Sérgio Machado vê o seu ofício entranhado nas obras dos três icônicos artistas.
“Ver o filme, que acabou de ficar pronto, estrear no Festival, especialmente na presença de familiares dos três, torna tudo ainda mais significativo. É uma honra imensa estar de volta e compartilhar e esse momento tão importante. Eu tenho uma relação muito especial com os três Obás. Jorge Amado, foi uma espécie de padrinho da minha chegada no cinema a música de Caymmi e os desenhos de Carybé serviram de base para longas como ‘Cidade Baixa’ e ‘Quincas Berro D’água’“.