Estudantes do ensino médio da Escola Carneiro Ribeiro, em Itaparica, receberam na última semana duas oficinas educativas sobre a importância das figuras femininas nas batalhas pela Independência da Bahia. Os encontros foram interativos e fizeram parte das atividades do projeto Mátria, idealizado pelo duo Barù, formado por João Acácia e Mayra Couto, que construíram e disponibilizaram um material didático multimídia sobre o tema.
A primeira oficina, que aconteceu na quinta-feira (19), promoveu uma discussão crítica sobre o papel das personagens femininas no processo de libertação da Ilha de Itaparica e também de Salvador. As mulheres que foram o centro das atividades e tiveram suas histórias de vida apresentadas de forma mais específica foram: Maria Quitéria, Maria Felipa, Joana Angélica e as Indígenas/Caboclas.
Orientada pelos historiadores Felipe Brito e Marianna Farias, a atividade teve como foco a construção de uma consciência acerca da necessidade de visibilidade feminina nas narrativas da história do Brasil, e também no que se refere à participação das mulheres nas lutas por igualdade social e de gênero.
Já a segunda oficina, realizada na sexta-feira (20), foi de expressão criativa e também uma ação de sensibilização das temáticas trabalhadas na primeira oficina, através de sonoridades, trabalho com o corpo.
A dinâmica foi guiada pela musicista e musicoterapeuta Mayra Couto, que trouxe informações e dados sobre o que acontece com o corpo e a mente durante a adolescência, além de provocar reflexões para que os alunos pensem sobre formas de novas independências, mediadas por perguntas como: “Por qual liberdade você deseja lutar?”.
Ambas as atividades foram interativas, com pausas para a livre escrita e com provocações com o objetivo de estimular os estudantes à formação de uma reflexão crítica sobre o que de fato foi a Independência do Brasil na Bahia, buscando também uma aproximação com o contexto das batalhas de cada heroína.
A participação ativa dos alunos foi estimulada o tempo inteiro, contando com a utilização de vídeos, imagens e sons voltados para facilitar uma experiência imersiva.
O último ato das oficinas consistiu em ajudar os estudantes na criação de uma música com base em palavras que eles mesmos escreveram durante os encontros. O grupo de alunos foi guiado até que construísse uma obra musical de forma trabalhada na percussão corporal e voz, utilizando o próprio corpo como instrumento.