Vaticano receberá mais de 700 páginas sobre religiosa que pode ser a nova santa baiana

Vaticano receberá mais de 700 páginas sobre religiosa que pode ser a nova santa baiana

Redação Alô Alô Bahia

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Maysa Polcri para CORREIO

Arisson Marinho/CORREIO

Publicado em 25/09/2024 às 13:47 / Leia em 3 minutos

No próximo dia 17 de outubro, o frei Jociel Gomes terá um encontro marcado na Santa Sé, no Vaticano. Em suas mãos, estarão três caixas lacradas e envolvidas em laços vermelhos. Elas guardam mais de 700 páginas de provas sobre a vida de Madre Vitória, que poderá ser a próxima santa baiana. Na manhã desta quarta-feira (25), o Convento do Desterro, onde a religiosa viveu, recebeu a sessão solene que marca a finalização da primeira fase do processo.

Entre novembro de 2019 e setembro deste ano, com interrupções por conta da pandemia, um grupo de cerca de 15 pessoas reuniu materiais sobre a vida de Madre Vitória. A religiosa nasceu em Salvador, em 1661, e viveu no Convento do Desterro, em Nazaré, onde seu dom para vocação passou a ser conhecido. Os documentos que serão encaminhados ao Vaticano incluem registros históricos e relatos de graças alcançadas.

O dossiê deve comprovar que Madre Vitória dedicou sua vida à religião e à Igreja Católica. Se houver aprovação do Vaticano, o processo para que ela se torne santa será continuado. No caso de Santa Dulce, a canonização aconteceu 27 anos após a sua morte. “A Igreja é muito exigente quando se trata de reconhecer a santidade de alguém. Por isso, nesta fase, a Arquidiocese buscou conhecimento histórico e o testemunho da santidade que ela viveu”, explicou o cardeal Dom Sergio da Rocha, que presidiu a sessão.

Para que a nova santa baiana seja emplacada, é preciso que o Vaticano aprove o seguimento do processo que precisará incluir, ao menos, dois milagres comprovados. Não há prazo para que a Santa Sé responda o pedido da Arquidiocese de Salvador.

“Deveremos aguardar que o Vaticano permita a sequência com o processo de beatificação, em que será necessário a comprovação de um primeiro milagre. Quando ela for declarada bem-aventurada, teremos a etapa de canonização, em que será necessário mais um milagre”, completa.

Apesar de os documentos ainda não incluírem a defesa de um milagre específico, a equipe que reuniu o material já começou a receber relatos de baianos que tiveram milagres realizados por Madre Vitória. “Nós temos as provas documentais sobre tudo o que conseguimos sobre ela. Além da primeira biografia sobre ela escrita em 1720, por Dom Sebastião Monteiro da Vide, e relatos de devotos”, detalha o frei Jociel Gomes.

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