Há uma tendência de crescimento do apego emocional entre humanos e robôs. É o que indica um levantamento providenciado pela Talk Inc, empresa de pesquisa focada em comportamento e estudos de tendências. Com atuação na América Latina, a análise sugere que um em cada dez brasileiros utiliza as plataformas de inteligência artificial, a exemplo do ChatGPT, como amigo ou conselheiro para desabafar sobre questões pessoas e emocionais e tentar resolvê-las. As informações são da CNN.
Entre os participantes entrevistados, foram mencionadas razões como introspecção, ter poucos amigos ou amigos indisponíveis, além de solidão. Os dados revelam que 60% das pessoas interagem com chats de IA de forma educada, como se falassem com um humano. Por meio de uma pesquisa online, a empresa ouviu 1.000 pessoas com mais de 18 anos de todas as cinco regiões do Brasil, abrangendo as classes A, B, C, D e E.
Em novembro do ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou a solidão a uma prioridade de saúde global, estabelecendo uma comissão dedicada ao tema. Nos próximos anos, o grupo se focará em combater a “ameaça urgente à saúde” representada pela epidemia global de solidão, ressaltando seus impactos na saúde física e mental.
A solidão e o isolamento social estão há muito ligados a problemas como má função imunológica e doenças cardiovasculares, aumentando em 30% o risco de AVC e contribuindo para um declínio cognitivo, além de aumentar em 50% as chances de demência. Indivíduos isolados costumam apresentar hábitos não saudáveis, como fumar, beber em excesso e sedentarismo.