Vá ao Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), velho! Para celebrar os 60 anos de existência, o Teatro Vila Velha teve que fechar temporariamente as cortinas e os portões para uma reforma, mas não deixará o aniversário passar em branco. A partir desta sexta-feira (13) até 8 de dezembro, a exposição “Vila Velha, por Exemplo: 60 Anos de um Teatro do Brasil” reúne um farto material sobre a trajetória do teatro.
São fotos, cartazes, figurinos, vídeos, programas originais das produções, áudios e documentos variados que narram uma história de arte e insurgência. A visitação é gratuita, de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. O projeto é a primeira ação de artes plásticas, na Bahia, do Centro Cultural Banco do Brasil, que, aliás, será instalado no Palácio da Aclamação, vizinho ao Vila Velha, no Passeio Público do Campo Grande.
O Teatro Vila Velha foi inaugurado em 31 de julho de 1964, fruto de uma campanha levada à frente pelo primeiro grupo profissional de teatro da Bahia, a Sociedade Teatro dos Novos. Espaço eclético da cultura nacional, trouxe ao palco, já na programação de estreia, a Batucada da Escola de Samba Juventude do Garcia e também os experimentos dos jovens Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Tom Zé no show “Nós, por Exemplo…”.
Também foi no tablado do Vila onde brilhou Lázaro Ramos em tantos espetáculos do Bando de Teatro Olodum, assim como a cantora Virgínia Rodrigues, que encantou Caetano Veloso na montagem de “Bai Bai Pelô”, em 1994. No Vila, ocorreram os julgamentos pos mortem de Carlos Marighella e Glauber Rocha, o que auferiu ao lugar o status histórico de ser onde o Estado brasileiro reconheceu a inocência e pediu perdão às famílias dos dois perseguidos políticos.