Gastos em ‘bets’ fazem classe B comer menos fora de casa, diz instituto

Gastos em ‘bets’ fazem classe B comer menos fora de casa, diz instituto

Redação Alô Alô Bahia

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Redação Alô Alô Bahia com informações da Istoé Dinheiro

Tania Rego/ Agência Brasil

Publicado em 10/09/2024 às 13:43 / Leia em 2 minutos

Comer fora de casa não está mais barato e, para tensionar ainda mais um mercado de food service já no limite, ganham força, em meio a tantas polêmicas, as casas de apostas esportivas, conhecidas como “bets”. Mas, o que uma coisa tem a ver com a outra? Segundo levantamento do Instituto Foodservice Brasil (IFB), a classe B está trocando a saída para restaurantes pelas apostas.

Apesar do aumento de 3% registrado no segundo trimestre de 2024, em relação ao mesmo período de 2023, movimentando R$ 61 bilhões, o IFB, maior entidade do setor no país, avalia que o mercado de refeições fora do lar “está um pouco estagnado”, cenário que estaria relacionado ao endividamento do consumidor com as bets.

“Em 2020 haviam 51 casas de apostas cadastradas no Brasil e, somente no primeiro trimestre de 2023, esse número era de 308. O maior consumidor desse mercado é o da classe B e perdemos 2% do consumo dessa classe social, que não tem mais tanto pra gastar”, sugere Ingrid Devisate, VP Executiva do IFB, ao site IstoÉ Dinheiro.

“O setor perdeu mais de 400 milhões de visitas em 2023, mas o ticket médio aumentou e compensou essa queda. Ou seja, o consumidor está mais seletivo e quer gastar mais em produtos melhores”, afirmou Danielle Garry, presidente do instituto, empossada no começo do ano. “Hoje, a gente conta com um consumidor com um paladar mais apurado e demandando novidades, por isso as empresas precisam de inovação no serviço e no cardápio. Nosso trabalho é construir uma estrutura para que esses restaurantes possam crescer”, seguiu.

Dados da entidade, que busca facilitar o acesso de empresas a dados e tecnologia, revelam que o ticket médio do setor até junho deste ano foi de R$ 19,8 por compra, acima dos R$ 18,8 de 2023. O gasto médio do consumidor nos serviços de delivery próprios dos restaurantes subiu de R$ 20,9, em 2023, para R$ 23 em 2024. Já nos pedidos de delivery nos aplicativos, passou de R$ 23,2 para R$ 24,2.

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