O apresentador e ator Rodrigo Faro revelou que, inicialmente, não queria aceitar o papel de Silvio Santos no filme “Silvio”, mas uma conversa com o fundador do SBT deu confiança para interpretá-lo no cinema. O filme chega aos cinemas no dia 12 de setembro, de acordo com informações da CNN.
“Eu realmente pensei que não dava para aceitar porque é muito difícil. É muito complicado fazer esse papel. Cheguei em casa e falei: ‘Amor [Vera Viel], me chamaram para fazer Silvio Santos no cinema’. E ela falou assim: ‘E aí?’. Eu respondi: ‘E aí eu vou continuar meu programa e tá tudo certo’. Mas ela falou: ‘Ele gosta tanto de você. Você teve agora com ele no Troféu Imprensa. Por que você não fala com ele?’”, disse em entrevista coletiva na última quarta-feira (4).
“Eu mandei uma mensagem para assessoria do SBT e no dia seguinte recebi a resposta de que o Silvio me receberia no camarim. Ele questionou minha visita, e eu contei que fui chamado para fazer o filme. Ele começou a perguntar e falar da vida dele. Aqueles 30 minutos que fiquei lá… foi o maior laboratório que fiz nesse filme todo. Enquanto ele fava, eu observava cada detalhe, prosódia, pontuações, postura”, contou.
Faro relembrou que o apresentador o convidou para participar do Programa Silvio Santos naquele data, que era dia 23 de dezembro de 2018, e falou que seria uma honra ser interpretado por ele.
“Aquilo me deu segurança. Eu falei: ‘Bom, ele gosta da ideia. E se ele gosta da ideia, eu vou fazer aquele filme para ele e por ele, e em vida’. Vai ser um artista que vai ter a homenagem em vida… mas Deus não quis. Essa estreia já tava marcada desde ano passado para 12 de setembro e Deus quis escrever outra história. Fica a homenagem para ele e ficam os momentos, o olhar dele para mim”, continuou.
O apresentador, que voltou a atuar depois de 15 anos, ainda falou sobre como gostaria de retratar Silvio Santos, ressaltando que queria humanizar a figura televisiva.
“Eu tinha toda a referência desse papo com ele. E foi esse Silvio que eu quis trazer para o filme. O Silvio humano. O Silvio em carne e osso. O Silvio que tem empatia. O Silvio que tem poder de persuasão. (…) Maior orgulho e satisfação poder, hoje, falar desse projeto que começou dessa forma”, disse.
“A única dor é que ele poderia ter assistido. Eu queria muito. Depois chegar para ele e falar: ‘E aí, Silvão, cheguei 1% do perto? E aí, me fala aí, gostou?’. Era uma coisa que eu queria um dia fazer”, finalizou.