Orquestra Sinfônica da Bahia apresenta concerto especial em famosa ‘igreja de ouro’ no Pelourinho

Orquestra Sinfônica da Bahia apresenta concerto especial em famosa ‘igreja de ouro’ no Pelourinho

Redação Alô Alô Bahia

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Redação Alô Alô Bahia

Taylor de Paula

Publicado em 07/09/2024 às 13:30 / Leia em 3 minutos

A Orquestra Sinfônica da Bahia retorna à Igreja de São Francisco, no Pelourinho, no dia 15 de setembro, às 17h, para apresentar o concerto ‘Futurível’. A regência do espetáculo ficará por conta da maestra convidada Priscila Bomfim, com solo do spalla da OSBA, o violinista Francisco Roa, e do também violinista da OSBA, José Fernandes. A entrada é gratuita.

Inspirada no nome de uma música de Gilberto Gil, ‘Futurível’ propõe aproximar o público da música erudita moderna e contemporânea, explorando sonoridades pouco comuns. A série estreou em 2015 e já foi apresentada em formato de vídeo e no Teatro Castro Alves.

Nascida em Portugal, a maestra Priscila Bomfim é conhecida por sua sensibilidade e também pela versatilidade artística. Ela foi a primeira mulher a reger uma ópera na temporada oficial do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e tem se destacado em concertos com orquestras renomadas, como a Orquestra Sinfônica Brasileira, a Orquestra do Theatro São Pedro e a OSUSP, entre outras.

Sob a regência de Priscila, a Orquestra interpretará obras dos compositores baianos Paulo Costa Lima (“Atotô do L’homme armé, Op. 39”) e Lindembergue Cardoso (“Sedimentos, Op. 27”), do russo Alfred Schnittke (“Concerto Grosso Nº 1) e do estoniano Arvo Pärt (“Oriente e Ocidente”).

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Altar da Igreja de São Francisco, em Salvador — Foto: Fábio Marconi

Sobre a Igreja de São Francisco

A igreja de São Francisco de Assis, no Centro Histórico de Salvador, é considerada por especialistas em arte sacra como uma das mais imponentes da América Latina. Com interior revestido em ouro, o templo fundado no início do século 18 foi tombado como patrimônio material do Brasil.

Quem vê a igreja de fora, não imagina o luxo na parte interior. As superfícies internas – paredes, colunas, teto, capelas – são revestidas de intrincados entalhes cobertos de ouro, com florões, arcos, e inúmeras figuras de anjos e pássaros, símbolos do barroco brasileiro.

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Igreja de São Francisco de Assis, em Salvador, é símbolo do barroco brasileiro — Foto: Fábio Marconi

Ricamente decorado, o templo tem imagens de mestres santeiros baianos e lusitanos, verdadeiras obras-primas da arte sacra, duas pias de pedra doadas por Dom João V, quando era rei de Portugal, bem como balaustradas e outras peças esculpidas em jacarandá, um tipo de madeira nobre.

Nos púlpitos e tetos, há várias pinturas, muitas delas produzidas em 1737 pelo pintor português Bartolomeu Antunes, conhecido como o mais importante mestre ladrilhador do país colonizador.

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Igreja de São Francisco de Assis, em Salvador — Foto: Fábio Marconi

Sobre o parapeito do coro, existe um antiquíssimo oratório com um crucifixo e dez pequenos nichos com relíquias, entre elas o crânio de um mártir a quem se atribuiu o nome de São Fidélis, doado pelo papa Inocêncio XII.

Além da suntuosa capela-mor, dedicada a São Francisco de Assis, o espaço possui oito capelas secundárias. O cadeiral entalhado do coro, a estante para o missal e as grades entre as capelas secundárias são obras do frei Luís de Jesus, conhecido como “Irmão Torneiro”. Estes elementos são do século 17 e foram reaproveitados da primeira igreja edificada no local, portanto, são os mais antigos da coleção.

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