Estipulado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o prazo limite das 20h07 desta quinta-feira (29) para que o X indicasse seu representante no Brasil expirou. Sendo assim, Moraes já expediu a ordem de suspensão à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que irá comunicar as empresas de telecomunicação para realizarem o bloqueio da rede social, o antigo Twitter.
Passado o vencimento, minutos depois, o X informou por meio de uma conta oficial esperar que Moraes ordene “em breve” o bloqueio da rede social no país, “simplesmente porque não cumprimos suas ordens ilegais para censurar seus opositores políticos”.
Ao que tudo indica, caso o bloqueio seja de fato determinado, a Anatel seria responsável por iniciar o processo e por emitir a ordem judicial para as operadoras de telefonia. Estas, por sua vez, teriam que bloquear o acesso ao X na rede que fornecem aos clientes, de forma a impedir que os assinantes acessem o site.
Um bloqueio do X no Brasil poderia ser implementado por meio de IP ou DNS, o que restringiria, sim, o acesso dos usuários à rede social. Porém, o uso de VPNs poderia permitir que os usuários contornem essa restrição e ainda acessem o X. O imbróglio levanta dúvidas sobre a eficácia de um bloqueio total, dado que tecnologias como servidores DNS externos podem complicar o controle.
Países como Nigéria e China já enfrentaram bloqueios semelhantes do X, que, apesar das restrições, continuou acessível através de VPNs. E mais: tendo em vista a postura desobediente de Musk, é esperado que o magnata possa escolher “dar trabalho” às empresas de telecom brasileiras, com uma possível criação de novos endereços para o acesso do X e migrando o serviço para outras localizações.