O novo leilão do prédio Solar da Quinta do Tanque, atual sede do Arquivo Público do Estado da Bahia (Apeb), acontece na próxima segunda-feira (8). A Fundação Pedro Calmon — Centro de Memória e Arquivo Público da Bahia, no entanto, defende a preservação do imóvel enquanto parte integrante da memória, identidade e do patrimônio cultural e histórico do Estado.
“Seguimos junto à Procuradoria Geral do Estado, monitorando os resultados da ação judicial que não tem tido êxito nas suas diversas tentativas anteriores. Garantimos que, independentemente do resultado do leilão, a sede do Arquivo Público da Bahia seguirá funcionando e desempenhando sua nobre missão, acessível a toda comunidade acadêmica, pesquisadores e ao público em geral”, afirma a Fundação em nota.
Esta será a terceira vez em que o imóvel irá a leilão neste ano. No dia 25 de março, a propriedade foi a leilão pelo valor de R$ 12.448.851,34. O certame acontece em virtude de determinação da 3ª Vara Cível e Comercial de Salvador por força de ação judicial.
Localizado na Baixa de Quintas, o Quinta do Tanque ou Quinta dos Padres é tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1949. O prédio foi sede do Arquivo Público desde de 1980. São 7.360,14 metros lineares de documentos procedentes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, datados entre os séculos XVI e XXI. O acervo é composto por materiais em formato de texto, iconografia e cartografia, além de contar com uma biblioteca exclusiva sobre a história da Bahia.
O imóvel está penhorado em um processo judicial, que cobra dívidas da antiga Empresa de Turismo da Bahia S.A (Bahiatursa), transformada em Superintendência de Fomento ao Turismo da Bahia.
O leilão do Apeb tem levantado polêmicas desde que foi cogitado pela primeira vez, pois há uma preocupação de que com a venda, seja necessária uma eventual mudança de lugar do acervo.