Confira os próximos passos para confirmação do candidato substituto de Joe Biden

Confira os próximos passos para confirmação do candidato substituto de Joe Biden

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Com informações de O Globo

Matt Kelley

Publicado em 22/07/2024 às 08:56 / Leia em 4 minutos

Com a desistência de Joe Biden da candidatura à reeleição, é grande a expectativa pelo nome democrata que enfrentará Donald Trump. A vice-presidente Kamala Harris aparece como principal opção, inclusive com o apoio de Biden, mas alguns passos precisam ser dados até que o martelo seja batido. 

O candidato do Partido Democrata só será sacramentado na convenção da legenda, marcada para agosto, em Chicago, no estado de Illinois. Kamala é apontada como favorita, mas os delegados que representam filiados nos estados podem escolher outra pessoa. Existe a possibilidade de a ex-senadora pela Califórnia ser desafiada por correligionários em convenção aberta, caso não consiga os votos necessários para garantir a indicação do partido na primeira rodada de votações.

Seja quem for, o eventual candidato terá, em média, 75 dias após a convenção do próximo mês para consolidar o apoio dos democratas e se estabelecer como um líder nacional confiável e capaz de argumentar e derrotar Trump, que é tido agora como favorito. A eleição será realizada no dia 5 de novembro.

O Comitê Nacional Democrata tinha planejado antecipar a nomeação de Biden, confirmando sua candidatura por meio de uma videoconferência, antes da convenção presencial do partido, em Chicago, entre 19 e 22 de agosto. A desistência do presidente abriu espaço para uma intensa e abreviada disputa para formar a nova chapa democrata.

Esta é a primeira vez em muitas gerações que uma nomeação será decidida em uma convenção e não nas tradicionais primárias. Nas de 2020, Biden venceu Kamala e outros desafiantes e depois convidou a então senadora para compor sua chapa. Na ocasião, a chapa Biden-Harris enfrentou uma oposição mínima e garantiu mais de 90% dos delegados que participaram da Convenção Democrata.

Agora, qualquer interessado em substituir Biden teria de anunciar sua candidatura antes da votação formal, desafiando publicamente o presidente, que já demonstrou apoio à sua vice.

Kamala Harris, embora conhecida, terá um grande desafio, já que foi uma vice-presidente discreta. Caso não consiga reunir apoio suficiente no partido, delegados partidários poderão escolher outro candidato que considerem mais apto. Entre os nomes mais cotados estão governadores democratas como Gavin Newsom, da Califórnia; Gretchen Whitmer, de Michigan; e J.B. Pritzker, de IIIinois.

Biden deixou claro que quer passar o cargo para Kamala, que, até o momento, parece ter a melhor resposta nas pesquisas eleitorais. Conforme dados do instituto de pesquisa Morning Consult, 30% dos eleitores democratas a apoiam como a substituta de Biden.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, é o próximo na preferência, com 20% de apoio. O democrata, de 56 anos e ex-prefeito de San Francisco, lidera há cinco anos o estado mais populoso do país, que transformou em um santuário para o direito ao aborto, entre outras iniciativas progressistas.

Nos últimos meses, Newsom viajou extensivamente ao exterior, publicou anúncios que elogiavam sua carreira e investiu milhões de dólares em um Comitê de Ação Política (PAC), além de fazer questão de apoiar democratas fora do seu estado durante as eleições, alimentando especulações de que poderia concorrer em 2028.

Outra possível candidata é a governadora do Michigan, Gretchen Whitmer. Opositora ferrenha de Donald Trump, ela é conhecida por ter sido alvo de um plano de sequestro por uma milícia de extrema direita denominada Wolverine Watchmen, em 2020.

Também circula nos bastidores o nomes do governador de Illinois, J.B. Pritzker, herdeiro da fortuna do império hoteleiro Hyatt.

Um dos pontos favoráveis para o Democratas foi o aumento das doações. Após a desistência do presidente Joe Biden da corrida eleitoral, o partido teve o maior dia de doações em quatro anos. As doações dispararam e a campanha, antes encabeçada por Biden, arrecadou US$ 46,7 milhões (cerca de R$ 259 milhões) apenas no domingo (21).

Até então, a campanha de Biden e os grupos afiliados tinham cerca de US$ 96 milhões (R$ 532,2 milhões) em caixa. Um dia antes da desistência, o partido recebeu cerca de US$ 2,7 milhões, valor muito inferior ao recebido ontem.

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