Município do cerrado baiano é um dos que mais sofre por queimadas no Brasil

Município do cerrado baiano é um dos que mais sofre por queimadas no Brasil

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Redação

Divulgação Corpo de Bombeiros

Publicado em 18/06/2024 às 16:29 / Leia em 3 minutos

A Coleção do MapBiomas Fogo divulgou mapeamento nesta terça-feira (19) sobre as queimadas no Brasil. Segundo levantamento, de 1985 e 2023, 199,1 milhões de hectares foram queimados pelo menos uma vez no país, o que representa quase um quarto (23%) do território nacional.

Mais de dois terços da área afetada por fogo (68,4%) foi de vegetação nativa e quase metade (46%) da área queimada está concentrada em três estados: Mato Grosso, Pará e Maranhão. O levantamento da Coleção do MapBiomas Fogo também mostrou que os três municípios que mais queimaram entre 1985 e 2023 foram Corumbá (MS), no Pantanal, seguido por São Felix do Xingú (PA), na Amazônia, e Formosa do Rio Preto (BA), no Cerrado.

Segundo a MapBiomas, a cada ano uma média de 18,3 milhões de hectares, ou 2,2% do país, são afetados pelo fogo. A estação seca, entre julho e outubro, concentra 79% das ocorrências de área queimada, sendo que setembro responde por um terço do total (33%).

Embora o Cerrado e a Amazônia tenham números absolutos semelhantes de área queimada, esses biomas têm tamanhos diferentes. Por isso, no caso do Cerrado, a área queimada equivale a 44% de seu território; na Amazônia, esse percentual foi de 19,6%, ou seja, um quinto da extensão do bioma. Na Amazônia, o fogo é causado principalmente pelo desmatamento e práticas agrícolas. Como se trata de um bioma sensível ao fogo, o resultado é uma grande perda de biodiversidade.

O bioma que mais queimou proporcionalmente a sua área, nos 39 anos avaliados, foi o Pantanal, com 9 milhões de hectares. Embora represente apenas 4,5% do total nacional, são 59,2% do bioma.  Em 2023, foram mais de 600 mil hectares queimados no Pantanal, sendo que 97% ocorreram entre setembro e dezembro.

A área queimada na Caatinga entre 1985 e 2023 foi de quase 11 milhões de hectares. Isso equivale a 6% do total nacional e 12,7% do bioma, onde as queimadas são frequentemente usadas para manejo agrícola e exacerbadas por secas prolongadas, com muitas espécies vegetais mostrando adaptações ao fogo.

Na Mata Atlântica, foram cerca de 7,5 milhões de hectares (4% do total nacional e 6,8% em relação à extensão do bioma). A Mata Atlântica é altamente sensível ao fogo nas áreas naturais remanescentes. De acordo com o MapBiomas, a fragmentação florestal e urbanização vêm aumentando a vulnerabilidade a incêndios, que ameaçam a biodiversidade. 

Já no Pampa, foram 518 mil hectares queimados, ou 2,7% do território. Nesse bioma, onde predomina a vegetação campestre, as queimadas são pequenas e pouco frequentes já que o seu uso para o pastejo dos rebanhos bovinos resulta em baixo acúmulo de biomassa inflamável. As maiores queimadas costumam ocorrer em anos do fenômeno climático La Niña. 

Alô Alô Bahia no seu WhatsApp! Inscreva-se

Compartilhe