70° lugar: Brasil cai 13 posições em ranking de igualdade de gênero

70° lugar: Brasil cai 13 posições em ranking de igualdade de gênero

Redação Alô Alô Bahia

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Brenda Alves

Getty Images

Publicado em 13/06/2024 às 14:47 / Leia em 3 minutos

Segundo o Índice Global de Disparidade de Gênero 2024, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial nesta quarta-feira (12), o avanço mundial em relação ao tema foi de 0,1 ponto percentual desde o ano passado. De acordo com o levantamento levará 134 anos, aproximadamente cinco gerações, para alcançar a paridade total.

A Islândia lidera o ranking há uma década e meia, e continua sendo a única economia a ter eliminado mais de 90% da disparidade de gênero. Entre os 9 outros países no top 10, 8 fecharam mais de 80% do gap.

O Brasil caiu para a 70ª posição no índice de 2024, fechando 71,6% da lacuna de gênero. Isso representa uma redução de 1 ponto percentual (de 72,6% em 2023) e uma queda de 13 posições em relação ao ranking do ano passado.

O Índice Global de Disparidade de Gênero acompanha anualmente desde 2006 o estado atual e a evolução da paridade de gênero em quatro dimensões principais: participação econômica e política, nível educacional e saúde.

Igualdade de gênero no Brasil

No Brasil, a igualdade econômica teve uma leve redução em relação a 2023, ficando em 66,7% contra 67,0%. No entanto, o país manteve a paridade em relação ao mercado de trabalho e alcançou sua maior pontuação em cargos de liderança sênior (66,1%).

A participação feminina na força de trabalho aumentou 0,7 ponto percentual em relação a 2023, chegando a 72,6%. Apesar disso, ainda está 4,5 pontos abaixo do melhor resultado do país (77,2% em 2021).

Em nível educacional, o Brasil alcançou a paridade efetiva em 99,6%. Não houve alteração no subíndice de saúde e sobrevivência, que se mantém com uma pontuação de 98%.

Já em relação à política, o país acompanha a média global, com uma pontuação de 22%, abaixo dos 26,3% registrados em 2023. Essa queda se deve principalmente à menor representação feminina no nível ministerial.

Ainda em números mundiais 

Segundo o relatório, é justamente a participação das mulheres na política que tem o maior impacto no índice, pois se trata da maior lacuna. A representação feminina aumentou globalmente, embora as mulheres continuem sem acesso a cargos de alto nível globalmente. A paridade atingiu 65,7%, acima da mínima pandêmica de 62,3% relatada na edição de 2022.

Em 2024, a maior população global da história deve votar em mais de 60 eleições pelo mundo todo. De acordo com o relatório, isso pode elevar a representação política das mulheres e representar um avanço em relação à plena igualdade de gênero.

Embora nenhum país tenha alcançado a paridade total de gênero, 97% das 146 economias incluídas nesta edição fecharam mais de 60% do gap, em comparação com 85% em 2006.

Veja os 10 países que lideram o ranking de igualdade de gênero

Islândia (93,5%)

Finlândia (87,5%)

Noruega (87,5%)

Nova Zelândia (83,5%)

Suécia (81,6%)

Nicarágua (81,1%)

Alemanha (81,0%)

Namíbia (80,5%)

Irlanda (80,2%)

Espanha (79,7%)

Informações da Forbes Brasil 

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